POLÍTICA
Bayeux, um mar de problemas; veja reportagem especial
Bayeux enfrenta problemas sérios, como a falta de infraestrutura que acabou se transformando, ao longo dos anos, em uma de suas principais características.
Publicado em 10/06/2012 às 14:00
O município de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa, será o tema da sétima reportagem do projeto Eleições 2012, do JORNAL DA PARAÍBA. Mesmo sendo uma cidade relativamente nova, com apenas 53 anos de emancipação política, Bayeux enfrenta problemas sérios, como a falta de infraestrutura que acabou se transformando, ao longo dos anos, em uma de suas principais características.
A história política do município sempre mostrou bastante competitividade. O primeiro prefeito constitucional foi Geraldo José Santana, do partido da Arena. Ele foi eleito em 1960, apoiado por políticos de Santa Rita e pelo governador do Estado na época, Flávio Ribeiro Coutinho. Muitas figuras políticas atuantes na cidade vieram de Santa Rita.
Esse cenário foi modificado após as eleições de 1964, quando foi eleito Lourival Caetano Alves de Lima, do PMDB. Durante 28 anos ele dominou a política local, foi três vezes prefeito e também deputado estadual. Conseguiu sair da política sem fazer inimigos, mas antes disso elegeu a esposa Severina Freire Brito e Pedro Juvêncio da Silva. “Lourival tomou conta de toda a estrutura política de Bayeux e elegeu vários sucessores sob sua tutela”, comentou o historiador Aerosvaldo Alves.
Um fato tenso na história política de Bayeux aconteceu em 1972.
Lourival indicou seu vice-prefeito, João Massicano, para a eleição. Após vencer, Massicano traiu seu padrinho político e saiu do PMDB para fazer parte do PDS. Essa traição repercutiu em todo o cenário político da época. Mesmo com a traição, Lourival ficou no poder até 1992, quando veio a falecer. Em seu lugar ficou seu vice-prefeito, Expedito Pereira de Sousa. No mesmo ano foi eleito Sebastião de Morais.
Nas eleições de 1996, Expedito Pereira se candidatou e ganhou para prefeito, sendo reeleito em 2000. Em 2002, Expedito foi cassado sob a lei 64/90 art. 41a, acusado de captação de votos e prática de abuso de poder econômico. Segundo denúncias da época, Expedito assinava os boletos de pagamentos do IPTU da cidade e os entregava para moradores em troca de votos.
Ou seja, havia uma troca da isenção do imposto pela troca de votos. Isso foi comprovado por Astero Santos, presidente do PP em Bayeux, que juntou cerca de mil folhetos do IPTU com a assinatura do prefeito. Com esses documentos, foi feita a denúncia pedindo a impugnação e a cassação da candidatura.
O caso foi denunciado em 2000, mas o prefeito só deixou o Poder Executivo dois anos depois. Em consequência, assumiu Sara Cabral, segunda candidata mais votada nas eleições de 2000, em Bayeux. O atual prefeito Josival Júnior (Jota Júnior) foi eleito em 2004 e reeleito nas eleições seguintes. Este ano, a corrida para ocupar o cargo de prefeito de Bayeux está sendo cogitada por aproximadamente dez pré-candidatos.
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