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COTIDIANO

Honduras registra uma morte a cada 74 minutos

Especialistas afirmam que a violência é gerada por crimes políticos e grupos organizados oriundos do México; Brasil está em 6º lugar.

Publicado em 04/05/2012 às 6:30

A Comissão Nacional de Direitos Humanos de Honduras calcula que o país registra uma morte violenta a cada 74 minutos. Para os especialistas, a violência é gerada por crimes políticos e grupos organizados oriundos do México. No ano passado, Honduras registrou a maior taxa de assassinatos no mundo – com 86 mortes por 100 mil habitantes. Em 2010, eram 82. O país tem oito milhões de habitantes. Informações da Agência Brasil.

Na Grã-Bretanha, a taxa é de uma pessoa morta para 100 mil habitantes; no México, é 18 mortos por 100 mil habitantes. Em 2009, o golpe contra o governo do então presidente Manuel Zelaya gerou uma onda de assassinatos políticos. Paralelamente, os cartéis de drogas e armas, oriundos do México, estão se estabelecendo no Sul de Honduras.

Com base em dados da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2010, o Brasil ocupa a sexta oposição no ranking de mortes violentas no mundo, registrando 22,7 assassinatos para 100 mil habitantes. Na América Latina, o Brasil está atrás de Honduras, El Salvador, Venezuela, Guatemala e Colômbia.

Depois do Brasil, aparecem Panamá, México, Nicarágua, Argentina, Estados Unidos e Canadá.

VELÓRIO
Tegucigalpa, capital de Honduras, oferece funerais gratuitos para seus cidadãos mais pobres. A Funerária do Povo foi promessa de campanha do prefeito da capital, Ricardo Alvarez. Ele afirma que a iniciativa surgiu a partir da constatação de que muitas famílias das vítimas de homicídios eram pobres, sem recursos para pagar as despesas com enterro.

"Quando estava na campanha, há quase sete anos, descobri que as pessoas estavam sendo enterradas em sacos plásticos de lixo", disse Alvarez. "Eu disse 'isso não pode acontecer no meu país, na minha cidade'. Então venho dirigindo o serviço funeral nos últimos seis anos. Este é o meu sétimo [ano executando a promessa]", disse.

A Funerária do Povo tem uma equipe de 18 pessoas que trabalha em turnos diferentes em dois locais distintos. Nos dois locais há todo o material necessário para organizar um velório e enterro, segundo o prefeito.

A Funerária do Povo não ajuda apenas os parentes das vítimas de violência, mas pessoas que alegam não ter condições financeiras. Miguel Antonio Bueso contou que a mulher, grávida de gêmeos, perdeu um dos bebês no parto e a família não tinha condições financeiras para pagar o enterro do filho. “Eu não tinha dinheiro para um caixão. Uma das enfermeiras do hospital me informou sobre este serviço e, em seguida, fez toda a papelada para mim", contou.

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Jornal da Paraíba

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