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VIDA URBANA

Em CG, Romário cobra mais apoio empresarial às causas sociais

Em entrevista na noite desta quinta-feira (28), ex-jogador de futebol falou enquanto político e pai de criança excepcional. Para ele, esporte é a maior forma de inclusão.

Publicado em 28/04/2011 às 19:49

Karoline Zilah

Ídolo do tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo, o ex-jogador de futebol Romário desembarcou nesta quinta-feira (28) em Campina Grande não apenas para mostrar seu talento em campo, mas para chamar atenção do público local para a situação da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Campina Grande (Apae).

Antes de entrar em campo no estádio Amigão para um jogo beneficente, Romário deixou lado a fama alcançada enquanto jogador e falou como político, sua atividade atual. Durante a entrevista coletiva ocorrida no auditório da Apae, a principal mensagem do atual deputado federal (pelo PSB, do Rio de Janeiro) foi um apelo para que a classe empresarial de Campina Grande apoio financeiramente a instituição.

“Eu sei que aqui existem muitos empresários e indústrias e espero que eles temem iniciativa. É preciso entender que a Apae foi trazida a Campina Grande com o objetivo único de ajudar a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas especiais”, comentou o parlamentar.

Sobre seus projetos na Câmara em prol dos excepcionais, ele disse: "Espero contar com o engajamento de outros deputados. Já identifiquei aqueles que querem ajudar de verdade e aqueles que não querem, porque isso dá voto”, alfinetou o 'baixinho' sobre os políticos que usam as causas sociais como interesse para se eleger.


Romário ladeado por Cássio Cunha Lima, a presidente da Apae Margarida Rocha, o deputado federal Romero Rodrigues e o vice-governador Rômulo Gouveia

De acordo com a presidente da Apae, Margarida Maria Rocha, a entidade não tem fins lucrativos e vive uma situação financeira difícil, sem apoio da Prefeitura de Campina Grande, nem do Governo do Estado. A vinda de Romário à Paraíba com o objetivo de alertar para esta causa já teria provocado interesse dos poderes municipal e estadual, que se comprometeram em colaborar mais, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição.

“Temos dificuldade de atender os mais de 500 excepcionais que nos procuram diariamente e temos uma demanda reprimida de mais de 350 meninos e meninas que precisam de tratamento e educação”, explicou a ativista social. Para ela, a presença do ex-jogador em Campina já atrai mais apoio à instituição.

"Romário sabe perfeitamente o que é ter um filho especial. Felizmente, ele tem condições de oferecer o melhor à sua filha, mas é uma exceção entre 24 milhões de brasileiros que convivem com este desafio. Tenho certeza que ele está plantando uma semente aqui na cidade em defesa da nossa instituição", afirmou Margarida.

O deputado federal paraibano Romero Rodrigues (PSDB) propôs a realização de um jogo beneficente com Romário e algumas personalidades locais. A renda dos ingressos será revertida para a entidade.

Leia abaixo alguns trechos de declarações de Romário durante a entrevista.

Esporte: inclusão social

“Se não for o maior, o esporte é um dos instrumentos para que crianças e jovens possam participar da sociedade. Minha bandeira política é o esporte enquanto causa social. Nós próximos dois anos teremos uma Copa do Mundo no Brasil, e após mais dois as Olimpíadas. A gente hoje respira e vive esporte”.

Deputado ou pai?

Uma das filhas de Romário, Ivy, é portadora de Síndrome de Down. Ele comentou como recebeu a notícia quando ela nasceu, falou sobre sua relação com a filha e explicou suas motivações para entrar na política.

“Como todos os pais que convivem com uma criança excepcional, os primeiros minutos daquela notícia são difíceis de aceitar por diversos fatores. O tempo passa e logo a gente começa a entender. Eu acabei me engajando na política porque acredito que os pais que me veem como um guerreiro que pode lutar por este ideal. Hoje entendo que certo é o mundo deles. Nós é que vivemos num mundo diferente, errado”.

Projetos na Câmara

Sobre os projetos na Câmara Federal em prol dos portadores de necessidades especiais, Romário explicou que ainda não criou nenhum de sua autoria e que prefere dar andamento àqueles que já tramitam na Casa.

“Não tenho vaidade de fazer um projeto, mas vontade de concluir os que já foram criados. Um dos principais é sobre acessibilidade, com obras em estádios, aeroportos, transportes, trens e metrôs.

Decisão de ser deputado

Sobre a decisão de concorrer ao cargo de deputado federal, Romário revelou que se decepcionou com políticos que duvidaram da necessidade de sua instituição filantrópica e desfizeram parcerias. Para ele, se candidatar seria a única alternativa de colocar em ação seus planos sociais.

“Bati em portas de ministros, ajudei muitos deputados, prefeitos e governadores com a minha imagem durante campanhas de eleições, mas foram raramente consegui apoio. Um dia sentei com minha mulher e meu irmão e cheguei à conclusão de que era difícil fazer algo como 'Romário ídolo', mas que eu poderia fazer enquanto 'Romário, deputado federal'.”

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Jornal da Paraíba

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