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VIDA URBANA

Escavações revelam indícios arqueológicos em praça de JP

Técnicos e arqueólogo que acompanham obras de revitalização da praça Rio Branco localizaram resquícios de construções antigas. Área foi isolada para análise.

Publicado em 25/02/2010 às 15:30

Karoline Zilah

As escavações para as obras de revitalização da praça Rio Branco, no Centro de João Pessoa, revelaram resquícios de construções antigas. O local foi isolado para ser submetido a uma análise devido à possibilidade de conter indícios arqueológicos.

Em entrevista ao Paraíba1, Fernando Moura, coordenador de Proteção aos Bens Históricos, órgão da Prefeitura de João Pessoa, disse que ainda não é possível definir exatamente o que foi localizado, mas admitiu existir a possibilidade de ser uma rede antiga de transmissão de esgoto ou água. Uma equipe composta por arqueólogo e técnicos em arqueologia acompanha as obras diariamente ao lado de profissionais da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

Nesta etapa da restauração da praça, foram encontrados restos de louças com mais de 300 anos de existência, ossos e diversos indícios dos empreendimentos que funcionavam no local.

De relevante importância histórica, a praça Rio Branco, antigo Largo do Erário, funcionou como polo político-administrativo e econômico da província.

Em seu perímetro ela abrigou prédios de grande valor arquitetônico, como a Casa dos Capitães-Mor, que foi demolida após incêndio no final do século XIX, e outro onde funcionou o Tesouro Provincial e Cadeia Pública, hoje sede da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Funape/UFPB).

Há também o prédio onde atualmente funciona o Centro de Referências do Patrimônio Cultural da 20ª Superintendência Regional/Iphan, que se mantém íntegro em suas características.

Ele abrigou o Antigo Açougue, Erário, Correios e algumas repartições públicas federais. Ao longo do tempo, a praça teve várias denominações, todas ligadas ao uso das principais edificações existentes no local, passando a ser Praça Rio Branco desde 1918.

Clique e veja galeria de fotos

Sítios arqueológicos em João Pessoa

“A arqueologia urbana é uma realidade”, comenta Fernando Moura. Segundo ele, cada obra de revitalização que é iniciada em regiões antigas de João Pessoa, como o Centro Histórico, abre margens para que sejam encontradas raridades.

Na igreja São Frei Pedro Gonçalves, localizada no mesmo largo do Hotel Globo, no Varadouro, é possível visitar uma área isolada onde foi descoberto o que seria a capela original do período colonial da Paraíba, ou uma anterior à construção definitiva da igreja.

Os restos de empreendimento foram localizados durante uma restauração feita entre os anos de 1999 e 2000. O local foi preservado, mas as pesquisas e intervenções arqueológicas não evoluíram devido a uma deficiência do Estado no que diz respeito a profissionais especializados.

De acordo com o coordenador do Patrimônio Cultural, sempre que é necessária uma análise aprofundada, os órgãos “importam” arqueólogos de Pernambuco, Rio Grande do Norte ou do Ceará.

Outro exemplo é a antiga fábrica do vinho Tito Silva, na rua da Areia, próximo à praça Antenor Navarro. Neste prédio funciona, atualmente, uma oficina escola da Prefeitura. Lá foi descoberto a menos de dois metros de profundidade cerca de 2 mil fragmentos de cerâmicas produzidas por colonizadores da Paraíba, como os holandeses.

Revitalização

A revitalização da praça localizada entre as avenidas Visconde de Pelotas e Duque de Caxias teve início em 25 de janeiro, há exatamente um mês, e está sendo desenvolvida numa parceria entre a Prefeitura de João Pessoa, através da sua Coordenadoria de Proteção aos Bens Históricos (Probech), e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O objetivo é restaurar aquela região como um centro de vivência. Para isso, o acesso de carros em uma das vias, na lateral da praça, deixará de existir.

O valor da obra é de R$ 402 mil, financiados pelo órgão federal. A previsão é que a obra seja entregue à população pessoense no próximo mês de julho.

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Jornal da Paraíba

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