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VIDA URBANA

MP espera pena máxima para acusado de contratar pistoleiros para matar empresários em casamento

Acusado deve ser condenado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Julgamento é na quinta (20).

Publicado em 18/10/2016 às 17:13

O promotor de justiça Arlindo Almeida disse, na tarde desta terça-feira (18), que espera pena máxima para o acusado de ter contratado os pistoleiros para matarem o casal Washington Luiz e Lúcia Santana na saída de uma festa de casamento. De acordo com o promotor, Franciclécio de Farias Rodrigues deve ser condenado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, já que um vigilante do local também ficou ferido. Se condenado, Franciclécio deve pegar mais de 40 anos de prisão. O júri popular acontece na manhã da próxima quinta-feira (20) e a defesa espera absolvição.

Segundo o promotor, Franciclécio é acusado de ter financiado o pagamento dos executores do duplo homicídio do casal, que aconteceu no dia 29 de março de 2014, quando as vítimas saíam da festa de casamento do sócio, Nelsivan Marques, considerado o mentor do homicídio. Ao todo, seis pessoas foram acusadas pelo MP suspeitas de terem participado do crime e duas delas já foram julgadas, enquanto outras três aguardam julgamento de recurso no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJPB), que decide se vão a júri popular.

"O crime foi cometido através de seis pessoas. Um deles, Samuel, foi quem efetivamente matou. Ele foi levado ao local do crime por Gilmar, que foi contratado por Franciclécio - que organizou a parte final do crime que já era planejado por Nelsivan. Franciclécio foi intermediário entre Nelsivan e os executores. Houve uma primeira tentativa contra o casal no dia 1 de março e depois houve a morte", disse Arlindo Almeida.

Gilmar Barreto da Silva foi condenado a 37 anos e quatro meses de prisão e Samuel Alves da Silva a 42 anos. O julgamento dos acusados aconteceu no dia 18 de agosto de 2016 e foi presidido pelo juiz Falkandre Queiroz. Gilmar teria sido o responsável por dirigir o veículo que levou Samuel ao local do crime; dentro do carro também estava a esposa de Gilmar, Maria Gorete Alves, que é acusada de ser cúmplice no homicídio e a única que responde ao processo em liberdade.

Homicídio ocorreu após duas tentativas frustradas

Gilmar teria sido contratado por Nelsivam após duas tentativas frustradas de matar o empresário Washington Luiz: no dia 1 de março de 2014, quando os sócios chegavam em Campina Grande depois de uma viagem; e no dia 15 de março do mesmo ano, quando Gilmar e Samuel tentaram invadir a casa do empresário. O suspeito da primeira tentativa de homicídio é Aleff Sampaio dos Santos, um dos que aguardam decisão do TJPB para ser julgado.

O promotor Arlindo Almeida está confiante de que Nelsivan, Maria Gorete e Aleff também sejam julgados em júri popular. "A probabilidade de eles não irem a júri é muito pequena, porque quando há qualquer indício de que a pessoa participou do crime ela vai a julgamento. A tática dos advogados é de jogar a coisa mais pra frente para que a sociedade vá esquecendo", pontuou, dizendo ainda que não há previsão para os próximos julgamentos.

Por sua vez, a defesa acredita que o acusado Franciclécio de Farias Rodrigres será absorvido pelo júri.

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Jornal da Paraíba

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