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VIDA URBANA

Faltam carteiros e correspondências atrasam na PB

Sindicato da categoria diz que no Estado são 550 profissionais para 223 municípios e usuários reclamam de demora nas cartas.

Publicado em 04/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 23/02/2024 às 15:58

O efetivo de carteiros da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Estado está insuficiente para a demanda, segundo relato de usuários e do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Paraíba (Sintect-PB). A situação tem gerado atraso nas entregas de correspondências e acúmulo de trabalho para os profissionais. Atualmente, os Correios contam com 550 carteiros para atender todo o Estado. Isso dá uma média de 2,4 profissionais da categoria para cada município do Estado.

O sindicato não soube informar o número de correspondências acumuladas nos centros de distribuição dos Correios, mas garante que o serviço está comprometido.

Segundo o diretor da Sintect-PB, Husman Tavares, o atraso nas entregas é consequência do baixo efetivo de carteiros, que está cada vez menor. “Somente no ano passado, cerca de 164 carteiros saíram da empresa porque pediram aposentadoria, em função de terem atingido o tempo de serviço. Isso agravou ainda mais a carência de funcionários que já existia”, afirmou.

A situação é sentida pela população nas ruas, que muitas vezes tem suas correspondências atrasadas, causando transtornos na vida pessoal e profissional. A dona de casa Maria Firmino, 58 anos, contou que o filho já foi prejudicado por conta de um documento que não chegou na data prevista. “Meu filho precisava de um certificado de curso que vinha pelos Correios para participar de um seleção de trabalho, mas a correspondência não chegou a tempo e ele perdeu a oportunidade de emprego. Acho isso um absurdo porque pagamos caro pelos serviços e somos desrespeitados. Precisam contratar mais funcionários”, relatou.

A vizinha de Maria Firmino, que não quis se identificar, disse que as faturas dos cartões de crédito e de lojas de departamento só chegam com atraso. “Se eu não buscar outros meios, como imprimir a fatura pela internet, acabo sendo obrigada a pagar com juros após o vencimento”, disse.

Para os trabalhadores dos Correios, isso é uma tentativa da empresa de forçar a terceirização dos serviços e assim desrespeitar os funcionários que ingressaram no cargo por meio de concurso público, como declarou o diretor do Sintect-PB. “Eles querem sucatear a empresa e torná-la insuficiente para assim privatizá-la, usando outra nomenclatura: modernização. Com isso querem extinguir os Correios, que tem 350 anos de atuação, para criar o Correios Par, que concentraria quatro empresas, onde uma seria responsável pelas vendas, outra para entregas e encomendas (Sedex), outra para logística e uma quarta para coordenar todas essas atividades”, destacou.

“Com essa nova empresa, o funcionário não entraria por concurso público, mas por indicação. Até lá, o propósito da empresa é acumular o trabalho e ficar resguardado pela legislação para contratar terceirizados. E isso, nós não vamos admitir”, asseverou.

SEM RESPOSTA
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da ECT por telefone e email para solicitar um pronunciamento da empresa com relação ao atraso das entregas e à sobrecarga dos funcionários. Esta informou que os questionamentos feitos foram encaminhados para o setor responsável, este, por sua vez, não enviou as respostas até o fechamento desta edição.

DEMANDA NÃO É ATENDIDA EM CG
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos, em Campina Grande o quadro de funcionários da agência local conta com aproximadamente 100 funcionários, que não conseguem atender a demanda diária e realizar a entrega de todas as correspondências na data marcada, nos bairros da cidade. Em virtude disso, muitas pessoas procuram a sede dos Correios na cidade para reivindicar as suas correspondências. Segundo José Cavalcante, representante do sindicato, para tentar remediar a situação, a empresa tem terceirizado o serviço e não chama os aprovados no último concurso, realizado em 2011.

“Nós somos em torno de 100 funcionários para atender toda a cidade de Campina Grande. Não dispomos de quadro de reserva e temos profissionais de empresas terceirizadas trabalhando conosco. Estamos nos mobilizando para realizar um indicativo de greve no dia 17 de março, em todo o país. No ano passado, fizemos um acordo coletivo muito ruim para a categoria. A empresa não quer convocar os aprovados no concurso público. Inclusive já prorrogaram a validade dele. São mais de 30 pessoas aguardando a convocação. Porém, esse número é para trabalhar em todo o Estado, não apenas em Campina Grande”, frisou. (Basílio Neto)

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Jornal da Paraíba

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