Paraíba cosmopolita

Recentemente lançada na Paraíba, a coletânea de poemas do escritor Políbio Alves, Os Objetos Indomáveis, estará na programação da 28ª edição do Salão Internacional do Livro de Genebra, que acontecerá entre os dias 30 da abril e 4 de maio, na Suíça.

De acordo com o literato, o convite partiu de Roselis Batista Ralle, filha do paraibano Oduvaldo Batista radicada na Europa que está estudando a sua obra.

“Eu iria participar com uma palestra sobre o ofício de escrever”, informa o escritor. “Por motivos particulares não poderei ir porque está muito em cima, mas ano que vem irei, com certeza”.

Nas palavras do autor, Os Objetos Indomáveis é um “dossiê sobre o ser humano e o cotidiano das pessoas”, com poemas que tocam em temas universais como a solidão, a dor, a mesquinharia, a tristeza, dentre outros.

De acordo com Políbio Alves, Roselis Batista – que lhe representará no salão suíço – também está trabalhando em uma tradução para o francês de outra obra sua, O Que Resta dos Mortos (1983), uma seleção de contos urbanos que tem o Varadouro como cenário.

LIVROS EM ESPANHOL

Políbio Alves tem trabalhos publicados em países como Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Cuba.

Além do O Que Resta dos Mortos, mais três títulos assinados pelo escritor natural de João Pessoa serão lançados lá fora ainda este ano, com tradução para o espanhol.

São dois livros que serão lançados em Cuba: A Leste dos Homens, que traça um paralelo entre a Ditadura Militar no Brasil e a ‘ilha de Fidel Castro’ antes da revolução socialista, e A Traição de Hemingway, que conta a história de um escritor brasileiro que viaja a Cuba para se encontrar com o autor norte-americano de Por Quem os Sinos Dobram.

O Que Resta dos Mortos e Varadouro (1989) já foram lançadas em Cuba, em 1998, graças à iniciativa da pesquisadora e crítica literária Elizabeth Marinheiro, colunista do JORNAL DA PARAÍBA, que pedia a autorização de Políbio uma tiragem de Varadouro para compor o acervo da Casa das Américas.

Este ano o México também terá publicação do paraibano, com Ele Não Era Alan Delon (2012), livro que mostra um personagem querendo superar seu próprio criador, uma alusão sobre a arte de escrever.