Dupla usa disfarce para fazer 'arrastão' em CG

Dois homens armados realizaram um arrastão e fizeram cerca de 20 passageiros reféns durante assalto em um ônibus que fazia a linha 263-B na noite da última quarta-feira, no bairro Santa Rosa, em Campina Grande.

Os bandidos armados entraram no coletivo dizendo ser evangélicos e, após iniciarem uma falsa pregação, anunciaram o assalto, levando vários objetos.

De acordo com informações do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciop), o roubo aconteceu por volta das 19h, próximo a um condomínio residencial. Conforme relato das vítimas, a dupla entrou no ônibus com bíblias nas mãos e começou a pregar, quando repentinamente sacaram as armas e anunciaram o assalto.

Foram levados vários celulares, dinheiro e objetos, como relógios e pulseiras. Após a ação, os bandidos desceram do ônibus e fugiram tomando destino ignorado. A Polícia Militar foi até o local onde o veículo estava e realizou buscas pela região, mas nenhum acusado foi preso.

A direção da empresa Nacional, responsável pela linha de ônibus, não quis entrar em detalhes sobre a ocorrência da última quarta-feira, mas informou que, sempre que ocorrem assaltos, a empresa procura a Central de Polícia para prestar queixa e obedece a todos os procedimentos legais. Ainda segundo a Nacional, são disponibilizadas imagens das câmeras de monitoramento dos ônibus quando a polícia ou Justiça as solicitam.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Sitrans) de Campina Grande, Anchieta Bernardino, cada empresa é responsável por garantir a segurança de seus ônibus, ficando a cargo dos donos procurarem os órgãos de segurança pública para exigir melhorias.

QUEIXA

O delegado de Roubos e Furtos de Campina Grande, Danillo Orengo, destacou que além das empresas é importante que os passageiros vítimas de arrastões procurem a Polícia Civil para prestar queixa.

“Muitas vezes as vítimas desses arrastões vão para casa após o crime, sem prestar queixa. É preciso fazer boletim de ocorrência, pois, quando um suspeito vier a ser preso, haverá acusações formais”, disse Danillo Orengo.