Aumento nos casos de virose gera superlotação em hospitais de CG

Alberto Simplício
Do Jornal da Paraíba

O dia amanhece frio, o sol aparece, o clima esquenta, mas depois chove. Essa tem sido uma das características dos últimos dias em Campina Grande que vem refletindo no aumento do número de atendimentos nos hospitais da cidade por causa das viroses. As crianças são as principais vítimas. No Clipsi Hospital Geral, por exemplo, nesta sexta-feira (25), a ala de pediatra tanto particular como conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) estava lotada.

Segundo a administradora da unidade, Adriana Luna, nas últimas duas semanas têm aumentado bastante os casos de pessoas procurando a unidade sob alegação de febre, dor de cabeça e diarreia. Ela disse que ainda não tinha uma estatística precisa sobre os atendimentos realizados nos últimos dias, mas informou que ontem os 200 leitos do hospital estavam praticamente lotados, entre esses os 80 existentes na pediatria.

Nesta sexta, a sala de espera do hospital estava superlotada e mais de 50 pessoas aguardavam por atendimento médico. A dona de casa Fernanda Loureiro, 35, anos era uma das mães que aguardavam. Sua filha Emanuele, de 3 anos, estava com febre e diarreia.

No hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, o diretor-técnico, médico Flaubert Cruz, disse que não tinha como estimar o aumento dos casos de viroses nas últimas semanas devido às particularidades do diagnóstico. “70% dos casos que atendendo no Regional são ambulatoriais. Em média, cinco mil consultas são feitas e na grande maioria as pessoas estão sofrendo de dor de cabeça, diarreia e outros sintomas característicos de viroses.

A médica Socorro Medeiros disse que além do clima, a exposição das pessoas a lama e o fato de muitas utilizarem a água de chuva sem ferver ou filtrar estão entre as causas das viroses. “Virose não é uma doença específica. A gripe, o resfriado, a dengue, todas elas são doenças causadas por vírus que se proliferam nesta época”, afirmou.