VIDA URBANA
Cresce número de casos de hepatite B na Paraíba
Nos últimos quatro anos a taxa de incidência da doença viral só cresceu no Estado.
Publicado em 15/01/2012 às 11:00
Uma doença muitas vezes silenciosa, que se não tratada pode levar o paciente a ter um sério comprometimento do fígado e até morrer: a hepatite B vem se alastrando pela Paraíba e demais Estados brasileiros.
Nos últimos quatro anos, a taxa de incidência da doença viral em cada 100 mil habitantes só cresceu no Estado, passando de 1,20 em 2007, para 3,29 em 2010, conforme os dados relativos da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em todo o país, em 2009, foram confirmados 14.601 casos da doença, totalizando 94.044 casos acumulados entre 1999 e 2009, conforme os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Além do poder de contágio da doença, que pode ser transmitida por relação sexual desprotegida – entre outros meios, o maior perigo dela é justamente a sua característica muitas vezes assintomática, evoluindo para um quadro mais grave sem que o paciente saiba da infecção.
Conforme o gastroenterologista José Nonato, na maior parte dos casos a hepatite se apresenta na forma aguda. “Neste tipo, o paciente pode ter sintomas inespecíficos ou de pouca intensidade ou desenvolver sinais clínicos como a icterícia (olhos amarelos)”, explicou o médico, ao acrescentar que 5% das pessoas acometidas pela doença desenvolvem a forma mais grave: a crônica, que pode evoluir para quadros de insuficiência hepática, cirrose e até mesmo câncer no fígado.
“Não existe um fator que determine a cronificação da doença, isso vai depender das respostas de cada paciente ao tratamento. Mas, quando as enzimas transaminases permanecem alteradas por mais de seis meses - após um quadro de hepatite aguda com persistência de um marcador viral para hepatite B – há indícios de progressão para a forma crônica da doença”, explicou o médico.
Segundo o especialista, 0,1% a 0,5% dos pacientes ainda podem ter um quadro de evolução da hepatite aguda para fulminante, com deterioração importante da função hepática, levando ao óbito. Em alguns casos, a situação pode ser revertida com transplante de fígado.
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