Sobram exames em CG

O serviço municipal de Saúde de Campina Grande não conta com um setor de imagem que ofereça o serviço de mamografia digital para que seja detectado precocemente possíveis casos de câncer na mama. Contudo, a Secretaria de Saúde paga a cinco unidades de saúde para prestarem o serviço à população que, segundo a coordenação da Central de Marcação de Consultas, tem à sua disposição um número suficiente de exames desse gênero, que sobram todos os meses.

De acordo com o setor, por semana são disponibilizados 197 exames, o que dá quase 800 procedimentos por mês. Como a procura não é tão grande, cerca de 20% das mamografias oferecidas não são agendadas pela oferta ser maior que a procura. Para que as pacientes realizem o exame, elas devem procurar uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) e, após ser atendida pelo médico, a secretária realizará a marcação do procedimento, que não tem fila de espera.

As clínicas e hospitais que realizam o atendimento recebem de recursos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) R$ 45 para uma mamografia bilateral e R$ 22,50 por uma unilateral. Caso a paciente pague pelo serviço de forma particular, a média de preço das clínicas é de R$ 120. Mesmo com uma diferença considerável entre o valor particular e o que é pago pelo SUS, a secretária de Saúde Marisa Agra apontou que o serviço está sendo disponibilizado dentro da normalidade na cidade.

Contudo, o setor de Planejamento e Regulação da Secretaria de Saúde de Campina Grande destacou que existe um projeto para a construção de um Centro de Imagem na cidade, mas ainda está em curso o processo de estudo necessário para que sejam definidas as diretrizes para construção do local, compra de equipamentos e contratação de pessoal capacitado para as atividades, deixando sem data o início da obra.

Quem aguarda a liberação de um laudo para passar a oferecer o serviço de mamografia é o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). (Colaborou Givaldo Cavalcanti)