Servidores da UEPB intensificam ações para chamar atenção do Governo

Os servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (19) continuar em greve. Dentre as estratégias a serem adotadas pela categoria está a intensificação da mobilização com o objetivo de forçar o governo do Estado a negociar. Os servidores não aceitaram a proposta da Reitoria da instituição de realizar um estudo para a adoção de um horário corrido, por considerar que não existe garantia de sua implantação. Os funcionários estão parados desde o dia 12 de março.

Os 263 funcionários que participaram da assembleia avaliaram que mesmo sem nenhuma perspectiva do Governo do Estado abrir negociação com a categoria, a melhor estratégia para o movimento é intensificar a mobilização. Nessa quarta-feira, a partir das 9h, os grevistas participarão de um aulão de protesto,que será realizado na Praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção.

Desde o mês de março o Sindicato dos Servidores (Sintespb) solicita audiência com representantes do Governo do Estado com o objetivo de negociar o cumprimento da data base e a implantação do reajuste de 8%, já aprovado pelo Conselho Universitário.

Os sete campi da UEPB estão sendo atingidos pela paralisação dos servidores e o Sindicato da categoria avalia que o percentual de adesão ao movimento é em torno de 100%, excetuando os que estão em setores considerados essenciais.
O reitor da UEPB, Rangel Júnior, disse que respeita a decisão dos grevistas, mas considerada que ela não ajudará numa solução negociada do fim da paralisação.

O que diz o governo

O secretário de comunicação do Estado, Luís Tôrres, disse que o Governo tem outras demandas em vista e que não vai tecer comentários sobre a intensificação da mobilização. Ele afirmou ainda que a UEPB recebeu R$ 1 bilhão em 2014 "e tem plenas condições de cumprir com seus compromissos financeiros".