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VIDA URBANA

Paraibanos no Rio relatam cotidiano e impressões após confrontos

Paraibanos que moram em diferentes regiões da cidade e uma turista dizem como a operação policial afeta suas vidas. Confrontos entre policiais e traficantes acontecem na Zona Norte.

Publicado em 29/11/2010 às 11:40

Karoline Zilah

A operação policial de combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro completou uma semana. Nestes dias, a rotina de alguns moradores foi alterada devido à ocupação dos morros, enquanto outras pessoas em outras regiões da cidade dizem não sentir o reflexo da mobilização das forças armadas. Estas diferentes impressões foram encontradas pelo portal Paraíba1 em depoimentos de paraibanos que vivem ou que estão de passagem pela Capital fluminense.

O primeiro relato foi o de um vendedor de 59 anos, que não quis ser identificado. Ele mora desde 1971 no Morro da Grota, uma das comunidades que integram o Complexo do Alemão, no subúrbio da cidade. Em depoimento à reportagem do jornal Estadão, ele disse ter sobrevivido a “40 anos de favela”.

Não concordando com o clima de exaltação dos policiais, ele disse esperar por dias melhores: "Eles sempre foram piores que os traficantes quando subiam aqui. Sempre pagamos impostos como todo mundo e, por isso, merecemos ter todos os serviços públicos como os outros cidadãos, inclusive a segurança. Só que a polícia estava 30 anos atrasada", afirmou o vendedor.

Também residindo no Rio de Janeiro, o maquiador paraibano Everson Rocha tem uma experiência totalmente diferente. Morando em Jacarepaguá, um bairro de classe média na Zona Oeste bem distante da Zona Norte (onde acontece a operação), ele diz não ter sofrido os reflexos da mobilização policial, como a redução das frotas de ônibus e táxi.

“Isso não mudou em nada a minha vida até agora. Aqui na Zona Oeste nós temos a impressão de que existe sensacionalismo com relação a esse assunto, porque não é todo o Rio de Janeiro que está tomado pela guerra entre o tráfico e a polícia”, comentou ao Paraíba1.

De passeio pela cidade, a jornalista Mariah Araújo teve uma surpresa desagradável ao escolher o Rio de Janeiro como destino de suas férias. Pelo Twitter, ela enviou comentários sobre a situação. No início da semana passada, segundo ela, quem estava 'desligado' da TV sequer ouviu falar dos confrontos. Porém, nos dias seguintes a situação piorou.

O medo de represálias na Zona Sul (onde estão bairros turísticos como Copacabana, Leblon e Ipanema) fez com que os moradores se trancassem em casa. Em pleno fim de semana, o programa favorito dos cariocas e turistas teve que ser adiado: a visita à praia. “Dia chato no Rio. Nunca pensei que diria isso. Todo mundo com medo de sair de casa, e tá o maior sol", relatou via Twitter.

Dayana de Melo, estudande de mestrado em Comunicação, também passa alguns dias na cidade. Ela está hospedada em Botafogo e diz que a rotina 'segue normal', exceto para aqueles que trabalham na Zona Sul, mas moram na Zona Norte.

"Enquanto isso, na Zona Sul, as pessoas caminhavam pelas ruas como se nada estivesse acontecendo, algumas se aglomeravam em frente aos aparelhos de TV instalados em bares, lanchonetes, mercearias, faziam alguns comentários e seguiam seus caminhos, exceto, claro, as pessoas que trabalham aqui, mas vivem na Zona Norte, essas sim tinham pressa de sair mais cedo do trabalho, presenciei vários diálogos nesse sentido", relatou ao Paraíba1.

Ela conta ter sentido na população um sentimento de aprovação ao trabalho da Polícia. "Não presenciei nenhum tipo de violência ou movimentação policial. Todos pareciam muito satisfeitos com as ações da polícia. Acho que a autoestima do povo carioca precisava disso. Mesmo a população deixando bem claro que sabe que isso é só o começo da ação e que muita coisa pode e deve ser feita", comentou.

Atualizada às 15h30

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Jornal da Paraíba

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