CULTURA
Marco Luque, humorista do CQC, faz show nesta quinta em JP
Humorista apresenta o show solo "Tamo Junto" nesta quinta-feira (21), em duas sessões, às 20h e às 22h, na Sala Sérgio Bernardos, do Hotel Tambaú.
Publicado em 21/05/2009 às 11:21
Renato Félix, do Jornal da Paraíba
Boa parte de seus colegas já eram experientes na comédia stand up, mas Marco Luque (foto) chegou ao CQC vindo de outras escolas: o clown e o humor de personagens, que exercitou por três anos no Terça Insana.
Este ano, no entanto, ele resolveu passear pela outra área e estreou Tamo Junto, seu solo stand up que chega pela primeira vez ao Nordeste com o show de hoje, na Sala Sérgio Bernardes do Hotel Tambaú, em João Pessoa. Serão duas sessões: às 20h e às 22h. “Eu saí da Terça Insana, resolvi continuar me apresentando e queria experimentar esse formato”, contou ao JORNAL DA PARAÍBA, de sua produtora em São Paulo, por telefone.
“A postura é mais ou menos a mesma”, avaliou. “A adrenalina também, mas foi um desafio vencer a timidez. Quando você está com um personagem, está mais ‘protegido’”. O humor de cara limpa não é exatamente novidade para Luque desde que estreou na bancada do CQC, junto com o programa, no ano passado. “O stand up me ajudou muito no programa e o programa me ajudou muito no stand up”, disse.
A espantosa popularidade do CQC criou uma legião de seguidores dos sete integrantes do programa. Comunidades no orkut, blogs visitadíssimos e seguidores no twitter são reflexo disso, assim como os shows sempre lotados de Danilo Gentili, Rafinha Bastos e, agora, também de Marco Luque.
A prova é a segunda sessão que não estava prevista inicialmente em João Pessoa e surgiu quando os ingressos para a primeira esgotaram-se rapidamente. Hoje, ingressos para as 20 horas só podem ser encontrados no Clube do Assinante, pela metade do preço.
“Não vim de uma família rica. Fui garçom, animador de festas, e monitor de acampamento, o que me ajudou no entretenimento de plateias”, contou, enumerando alguns de seus muitos empregos. Nisso, fez cinco anos de clown com o grupo Galpão do Circo.
Também fez humor em bares, até que resolveu tentar o Terça Insana. “Enviei um DVD, surgiu uma vaga, me chamaram e deu supercerto”, recordou. Luque ficou três anos no espetáculo e tem números no DVD Terça Insana - Ventilador de Alegria, que registra a turnê do projeto entre 2006 e 2007.
Foi no Terça Insana que Diego Barredo, diretor do CQC, viu Marco Luque e o convidou. O comediante, assim, assumiu a bancada do programa, junto a Marcelo Tas e Rafinha Bastos. É o tipo que “desorganiza” o programa, de aspecto sempre avoado. Um reflexo de, dos sete integrantes, ele ser o único que não é jornalista? “Acho que o programa me tem como curinga”, afirmou. “Não há muita vantagem no pessoal da bancada fazer matéria, já que temos que estar toda segunda em São Paulo. Só o Rafinha, que tem o ‘Proteste Já’, que é um quadro que já tem a cara dele”.
Luque, no entanto, foi às ruas quando o CQC cobriu as eleições municipais e falou logo com o presidente Lula, gerando a piada recorrente no programa de que são grandes amigos. Há várias outras, como quando a ex-BBB Jaqueline Khury o chamou de “Marcos” Luque em uma matéria e perguntaram se ele havia tirado um “s” do nome: “É, eu me chamava Marco ‘Lusque’”. Ou a famosa saudação “Beijo, me liga”.
Luque tem um engraçadíssimo personagem que é motoboy e já brincou muito com os emos. “Mas eu me divirto sem usar preconceitos, sem pegar ninguém para Cristo”, disse. Mesmo seguindo um roteiro, é visível que o improviso muitas vezes domina a bancada. “Os roteiristas fazem um esqueleto, mas também temos espaço para criar”, explicou. Às vezes isso sai do controle? “Quando sai do controle é que fica legal”, respondeu.
O volume do sucesso não era esperado. “Fico agraciado e surpreso”, contou. “A gente não tinha muita noção desse barulho que está sendo”. Para ele, a equipe está afinada, mesmo sabendo que a cobrança fica cada vez maior, já que o programa não é mais uma novidade. “No elenco não tem estrela, é todo mundo amigo mesmo”.
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