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CULTURA

Modernidade do 'Eu' de Hildeberto Barbosa

Para Hildeberto Barbosa Filho, a relação de Augusto dos Anjos com a historiografia literária brasileira é permeada por confusões.

Publicado em 09/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/03/2024 às 14:23

Uma sequência de desencontros. Para o poeta e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho, a relação de Augusto dos Anjos (1884-1912) com a historiografia literária brasileira é permeada por confusões. "Salvo raríssimas exceções (Alfredo Bosi, Massaud Moisés, Alexei Bueno), o que conta, na análise dos historiadores, é a vida do poeta, e não a sua poesia, com toda a complexidade de elementos técnicos, estilísticos e temáticos que a tornam algo singular no cânone poético brasileiro e ocidental", diz o autor de Essa Mecânica Nefasta: O Eu e Os Outros (Ideia, 130 páginas, R$ 20,00).

O livro tem lançamento hoje, em João Pessoa. Hildeberto Barbosa participa de sessão de autógrafos a partir das 10h, na Livraria do Luiz, situada, por sinal, na Galeria Augusto dos Anjos.

Dividido em três partes, o volume ensaístico analisa a modernidade do poeta do Eu (1912) no ano em que os 130 anos de seu nascimento e centenário de morte ganham marca coincidente.

Segundo o estudioso da obra do paraibano do século, apesar do profundo desencontro de Augusto com as críticas, o poeta vem conquistando a empatia dos leitores. "A chamada crítica universitária, a partir de seu rigor metodológico, vem abrindo novas possibilidades de leitura, repondo, decerto, Augusto e sua poesia, no devido lugar em âmbito histórico e literário", opina Hildeberto.

"Um Chico Viana, uma Sandra Erikson, um Zemaria Pinto, um Henrique Duarte, um Mário Chamie e tantos outros vêm ampliando os olhares investigativos acerca das camadas textuais que presidem o conteúdo sombrio e melancólico, assim como a música áspera e dissonante, dos decassílabos augustianos", sublinha.

Em Essa Mecânica Nefasta, Hildeberto defende que Augusto rompe com os modelos das escolas paranasiana e simbolista, ao mesmo tempo que abre novas perspectivas para a poesia brasileira, revelando uma dimensão filosófica compreendida pela tensão do eu-lírico e pela ruína e corrosão da espécie humana.

Segundo ele, há outro livro no prelo: Dançar com Facas, este de poemas, que será ilustrado por Flávio Tavares, além de um livro de crônicas que está em fase de organização. "Gostaria de publicá-los, ainda este ano, pois neste ano, fecho os meus terríveis 60 anos, e creio que 60 anos merecem um registro especial."

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Jornal da Paraíba

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