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COTIDIANO

Faltam delegados em 150 cidades e crimes ficam sem solução na PB

Não são raros os casos em que os crimes ficam sem solução. Na capital há delegado responsável por até 200 inquéritos policiais. Falta de viaturas também é preocupante.

Publicado em 11/12/2010 às 7:35

Valéria SInésio, Jornal da Paraíba

Pelo menos 150 municípios paraibanos continuam sofrendo com a falta de delegados. Em algumas localidades, como por exemplo Dona Inês, Cacimba de Dentro, Cacimba de Areia e Água Branca, a situação é ainda mais crítica, pois se estende por muitos anos. A afirmação foi do delegado-geral da Polícia Civil, Canrobert Rodrigues, em entrevista realizada na manhã de ontem, na sede da Secretaria de Estado da Defesa e Segurança Social, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Segundo ele, para minimizar os transtornos, tem delegado respondendo por até três cidades.

“Hoje a falta de pessoal é o principal problema que a polícia paraibana enfrenta”, explicou. A falta de delegado em uma cidade implica diretamente na segurança pública, pois em muitos municípios as delegacias ficam quase que constantemente de portas fechadas. Para registrar uma queixa, é preciso ir à cidade vizinha. “Como tem delegado respondendo pela comarca, o problema foi minimizado, mas ainda é considerado crítico”, declarou Rodrigues. Quando há um homicídio, por exemplo, é necessário esperar o delegado se deslocar até a cidade. “O delegado não está no local por 24 horas ininterruptamente”, explicou.

O problema pode ser verificado, de acordo com Canrobert, em todo o interior paraibano. “No Brejo, no Cariri e em outras regiões, a situação é semelhante”, frisou. Em João Pessoa, o problema também existe. O pouco número de profissionais pode refletir também no arquivamento ou na demora de andamento dos inquéritos policiais, não apenas de homicídios, mas sim de todo tipo de crime que chega à delegacia. Não são raros os casos em que os crimes ficam sem solução. Na capital há delegado responsável por até 200 inquéritos policiais.

A falta de viaturas também preocupa, segundo o delegado Canrobert Rodrigues. “Em todo o Estado, temos 322 viaturas e 36 motos, mas esse número não é suficiente para atender à demanda”, explicou. A situação fica mais complicada, porque o número de ocorrências não para de crescer. Apesar de confirmar o déficit de viaturas, o delegado não soube estimar qual a necessidade real da Paraíba, alegando que teria de fazer um levantamento específico. Se alguma quebra, não é possível fazer a imediata reposição. A demora das viaturas tem sido outra constante reclamação da população.

Além da escassez de delegados e transporte, as condições das delegacias paraibanas não é das melhores. “A Central de Polícia de Campina Grande só não foi interditada, porque não tinha lugar para transferir os presos, mas a situação era de calamidade”, afirmou o delegado-geral. Na Central de Polícia de João Pessoa, há rachaduras, infiltrações e reclamações de ratos e baratas. Porém, Canrobert disse desconhecer essa realidade. “É bem verdade que a central tem estrutura precária, mas nunca recebi reclamação de que há ratos e baratas no local”, explicou.

A delegacia do Geisel teve de ser interditada devido às péssimas condições físicas. O abandono era total. Há dois meses, no entanto, as instalações foram transferidas para um centro comunitário do bairro para a população não ficar totalmente sem assistência. “A situação era caótica, não podemos negar, mas a delegacia já está passando por reformas”, disse. Há cerca de um ano, a delegacia da Infância e Juventude funcionava em um prédio com infiltrações, rachaduras e com a ligação elétrica improvisada. Os policiais eram desafiados a driblar as dificuldades para conseguir trabalhar.

A sede, porém, foi transferida para um prédio novo no Centro da capital. O mesmo aconteceu com a delegacia da mulher, que antes funcionava na avenida Dom Pedro I e recentemente foi transferida para a avenida Dom Pedro II.

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Jornal da Paraíba

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