VIDA URBANA
Acúmulo de água em obra é risco para focos do mosquito da dengue
Terreno cercado por muro e cercas eletrificadas impede o acesso para a fiscalização e pode ser foco do Aedes aegypti.
Publicado em 20/08/2015 às 6:00
Um muro alto com cerca elétrica isola a obra de construção de um prédio, no cruzamento das ruas João da Mata e Dr. João Tavares, Centro de Campina Grande, e esconde da população que passa diariamente pelo local o risco de a obra ter se transformado ao longo dos últimos meses num foco do mosquito transmissor da dengue. A cratera escavada para as fundações hoje é um depósito de água estagnada, e moradores de prédios vizinhos temem ser vítimas da doença.
O alerta sobre a grande quantidade de água na construção foi dado por moradores de um edifício localizado no mesmo cruzamento, em frente à obra. Eles não quiseram se identificar, mas relataram que durante a construção os operários diariamente retiravam água das fundações, mas depois que os trabalhos foram paralisados esse serviço parou. Com as últimas chuvas, o volume se elevou.
Comerciários que trabalham em lojas vizinhas desconheciam a existência de um grande volume de água estagnada no local, mas relataram casos de dengue. Laura Renata, vendedora de uma loja de material de informática se assustou com a informação, por não constatar a presença de mosquitos no local.
Sobre o assunto, Áurea Ximenes, uma das responsáveis pela construtora proprietária do terreno, informou que não tinha conhecimento do acúmulo de água no local e iria verificar a situação. Segundo ela, a obra ainda não foi iniciada, mas há uma bomba instalada justamente para evitar o acúmulo de água.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
A gerente de Vigilância Ambiental, Rossandra Oliveira, desconhecia o problema e garante que enviará para o local agentes para avaliarem a situação e realizarem a aplicação de larvicida. O acúmulo de água na construção do Centro é um exemplo dos problemas enfrentados pela Vigilância Ambiental no trabalho de prevenção de focos do mosquito transmissor da dengue. Hoje, o órgão contabiliza 50 imóveis na cidade fechados ou abandonados, onde não consegue entrar. No Centro da cidade, o último índice de infestação do mosquito da dengue foi de 3,7%, considerado de médio risco. (Colaborou Déborah Souza)
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