VIDA URBANA
Otite que provoca fortes dores no ouvido externo é mais comum no verão
Sintomas são dor, são vermelhidão dentro do ouvido, eliminação de secreção e sensação de ouvido tapado
Publicado em 08/02/2015 às 14:23
Durante o verão muita gente foge do calor e aproveita os banhos de mar e piscina. Mas, entre um mergulho e outro, é preciso ficar atento para proteger os ouvidos da umidade que pode gerar uma inflamação muito comum nesse período: a otite. Até mesmo uma pequena gota de água pode ser a responsável por fortes dores no ouvido externo, que pioram sem o tratamento adequado.
A dona de casa Andréa da Silva lembra que quando criança sofria muito com dores de ouvido ocasionadas por água no interior do órgão. Hoje as dores não são tão comuns na vida dela, mas o problema se repete com a filha Jamilly Andréa, de 11 anos. “Vez por outra ela reclama de dores no ouvido, principalmente quando a gente vai à praia e até mesmo no chuveiro. Toda vez eu fico de olho e oriento para proteger o ouvido e evitar que entre água”, comentou a mãe.
Médico otorrinolaringologista, Josemar dos Santos Soares, alerta que processo pode ser pior se a água tiver partículas de areia (foto: Rizemberg Felipe)
Segundo o otorrinolaringologista Josemar dos Santos Soares, a queixa relatada pela dona de casa está entre os motivos que levam muita gente a procurar esse tipo de ajuda médica no período do verão. Ele lembra que os principais sintomas das otites externas (inflamações que afetam a entrada do conduto auditivo), além da dor, são vermelhidão dentro do ouvido, eliminação de secreção e sensação de ouvido tapado. Mas, o processo inflamatório pode acontecer também dentro do ouvido, a chamada otite média.
“Na otite média, como o processo inflamatório ocorre após a membrana timpânica, ou seja, na orelha média, as causas mais comuns são os estados pós gripais, crise de rinite alérgica, congestão nasal por alteração estrutural como um desvio do septo nasal”, alertou Josemar Soares.
O médico lembra ainda que o processo inflamatório no ouvido a partir da entrada de água pode piorar se junto com o líquido vierem partículas de areia, vestígios de algas ou cloro em excesso, no caso da piscina. Conforme as orientações do otorrinolaringologista, lactantes, idosos e pacientes com histórico de otites, diabéticos podem desenvolver quadros de otites mais graves.
Para prevenir o problema, Josemar Soares faz algumas recomendações, como uso de soro fisiológico e compressa. “Caso esteja com secreção nasal, lave com soro fisiológico, evitando acúmulo, de tal forma que possa ir do nariz para a orelha média, por meio da tuba auditiva. A compressa com água morna sobre o pavilhão (orelha) ajuda a aliviar a dor. Outra coisa é evitar o uso abusivo de hastes no interior do conduto (entrada do ouvido). O ideal é enxugar a orelha apenas no início do conduto. Saiba que o cerume protege a orelha, servindo de antibacteriano e antifúngico. Só retiramos quando causa entupimento”, explicou.
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