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ESPORTES

Vendo o jogo pelo rádio

Reviva a emoção da vitória brasileira sobre Uruguai no Maracanã e a comemoração do título em mais uma Crônica de Copa.

Publicado em 20/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 14:39

O jogo vai começar. A tensão pela grande final da Copa do Mundo já inundava o Brasil desde alguns dias atrás, quando o time passara pelas semifinais. O time estava em ponto de bala. A torcida ainda mais empolgada. Afinal, não é todo dia que a Copa é em sua casa e você tem a chance de decidir o título praticamente no seu quintal. O Maracanã estava lotado. Milhares e milhares de fanáticos empurrando o time. E outros tantos, milhões de brasileiros, certamente estariam em todo lugar, país afora, para acompanhar aquele momento.

O Brasil, por sinal, um time bem melhor do que o Uruguai, o adversário da final. De forma que todos já estavam empolgados com a possibilidade de comemorar o título. Antes mesmo da bola rolar, a euforia era quase incontida. E no rádio, a emoção era maior do que a média, como se num caso como este você precisasse de emoções extras para se embalar.

“Vai começar a peleja”, gritou Antônio Cordeiro. Era a deixa para que o coração pulsasse mais rápido. Que o calor aumentasse. E que a falta de ar chegasse a níveis quase inimagináveis.

Brasil e Uruguai mediam forças no maior templo do futebol mundial e era possível sentir toda a carga de emoção e nervosismo do estádio. Quem não estava no estádio continuava a ver o jogo pelo rádio, que naquele momento já estava em pleno andamento.

“O escrete canarinho continua com a pelota. O center back domina, leva a pelota para a frente. Com perigo. Passa para o centre forward, que vira com categoria e acerta o chute. É goal do Brasil. No play card do Maracanã, o Brasil tem 1, o Uruguai tem 0. A peleja segue. Agora. com vitória parcial do team brasileiro”.

A festa toma conta do país. Em todos os rincões do Brasil o povo consegue ver a cena que era descrita pelo narrador. O momento mágico do futebol brasileiro. O gol marcado numa final de Copa do Mundo. O título em casa. Era a festa suprema. Principalmente depois que, tempos depois, o jogo chegava ao seu fim sem nova alteração do marcador.

O Brasil era campeão mundial frente ao Uruguai. Feito de um time que se consagrava. Ficava para a história. Entrava no panteão dos heróis do futebol nacional. Os tempos eram outros. Os personagens também. Mas o fantasma de 64 anos atrás virava passado. O time canarinho vencia a Celeste em pleno Maraca. A casa que fora de tragédias tempos atrás era de puro regojizo. De prazer. Orgasmo. Júbilo coletivo.

Era um feito tão impressionante que até Antônio Cordeiro estava lá. Aliás, quando ele pediu aos deuses para retornar à ativa, direto do mundo dos mortos, para narrar àquela final (tal qual tinha feito em 1950), ninguém ousara lhe negar. E finalmente ele pôde soltar o grito de “campeão” que se engasgara em meio aos soluções e ao choro de décadas atrás. Era um grito tão reprimido que, mesmo diante de um resultado completamente diferente, voltou a chorar. Desta vez, claro, de uma emoção quase indescritível. Ao mesmo tempo descontrolada e serena. Desesperadora e pacificadora.

Os fantasmas aos poucos iam sendo exorcizados. Barbosa já podia descansar em paz. O capitão Augusto já tinha um substituto para o gesto que nunca fez. O mítico Maracanã fazia as pazes com sua própria história. E o torcedor, gritando ou em silêncio, relembrava da emoção quase divida que o rádio lhe transmitira. (Dedicado ao saudoso amigo Bento Soares, autor de livro que batiza a crônica, que adoraria sonhar comigo uma final como esta)

Porta-Retrato

Brasil em 1950 e Suécia em 1958 foram os únicos casos de países que perderam uma final de Copa do Mundo jogando em casa. O curioso é que se o Uruguai foi o algoz do Brasil, foi o time canarinho o algoz da Suécia oito anos depois. Em outras seis oportunidades o time da casa foi o campeão mundial.

De olho na rede

“A Arena de São Paulo ainda precisa de 100% de empenho de todos para garantir a estrutura necessária para a abertura. Um evento-teste não se compara em escala, necessidades e atenção global com a Copa, com uma partida que atrai mais de 65.000 pessoas no estádio e 1 bilhão na TV. Contagem regressiva: faltam 24 dias”.

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, sobre a preparação do Brasil para a estreia da Copa do Mundo de 2014, marcada para o dia 12 de junho, em São Paulo, no Estádio Itaquerão

Após inauguração, Itaquerão volta às obras intensas visando a Copa

Apesar da expectativa de Jérôme Valcke, pela abertura da Copa do Mundo no Itaquerão e apesar da inauguração oficial do estádio, a realidade é bem outra. O estádio retomou ontem sua rotina de construções – internas e externas – visando à abertura da Copa do Mundo. E pelas fotos, percebe-se que ainda tem muito o que ser feito até que o estádio possa finalmente receber o jogo entre Brasil e Croácia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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