VIDA URBANA
Tartarugas marinhas em risco de extinção são tratadas na Bica
Elas foram resgatadas bastante debilitadas na praia do Bessa, em João Pessoa, e em Mamanguape, Litoral Norte do Estado.
Publicado em 19/11/2015 às 17:13
Duas tartarugas marinhas verdes, espécie que corre risco de extinção no Brasil, estão sendo tratadas desde a semana passada por técnicos do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). Elas foram resgatadas bastante debilitadas na praia do Bessa, em João Pessoa, e em Mamanguape, Litoral Norte do Estado.
Os animais, um macho e uma fêmea, foram entregues pela Polícia Ambiental, depois de terem sido resgatadas pela Organização Não Governamental Guajiru e pela Reserva Biológica Guaribas (Rebios). Esta é a segunda vez que a equipe técnica da Bica atua no salvamento de tartarugas marinhas.
O médico veterinário da Bica, Thiago Nery, explica que, geralmente, quando esses animais são encontrados, já estão há bastante tempo à deriva e com a saúde debilitada pela ingestão de lixo nas praias. Essa condição, além do risco de intoxicar o animal, compromete a sua função intestinal e faz com que fiquem boiando, sem conseguir submergir, expostos à incidência de Sol que pode lhes ser fatal.
“Se não for feita a terapia correta, o animal morre. Então tivemos que forçar a alimentação por meio de sondas, administrar antibióticos, antitóxicos e outra série de medicamentos. Por causa dessa suspeita, também fazermos lavagens intestinais para estimulá-las a regurgitar o material estranho”, afirmou.
O casal de tartarugas está sendo tratado em um setor do parque isolado de visitação pública. As tartarugas ficam acondicionadas numa caixa d’água, abastecida por garrafões de água trazida do mar.
Essa é a segunda vez que a equipe de médicos veterinários se dedica à recuperação de tartarugas marinhas resgatadas. Nery destaca que pelo fato de serem exemplares aquáticos que sobem à superfície para respirar, acabam mais suscetíveis à ingestão de rejeitos.
“O tempo de recuperação é indeterminado e depende da evolução do tratamento. Assim que estiverem recuperadas, acionaremos a Polícia Ambiental e acompanharemos o processo de soltura”, espera.
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