CULTURA
Marcos Caruso vive um político ‘do povo’ em ‘Chapa Quente’
Após sucesso em ‘A Regra do Jogo’ como o engraçado Feliciano, Marcos Caruso encarna deputado e promete animar o seriado.
Publicado em 10/04/2016 às 8:00
Marcos Caruso teve menos de um mês para se desfazer do “bon vivant” Feliciano, de “A Regra do Jogo”, e se preparar para viver o deputado Moacir na segunda temporada do “Chapa Quente”, que estreou na última quinta.
Apesar da experiência com comédias -sua peça “Trair e Coçar É Só Começar” está há 30 anos em cartaz- é a primeira vez que ele assume um papel do gênero na televisão.
A preparação para o seriado, no ar nas noites de quinta, “ultrapassa a questão estética” por se tratar de um novo formato para o ator. A trama escrita por Cláudio Paiva e Márcio Wilson vai na contramão do consenso que defende uma dramaturgia escapista no atual contexto de crise política.
Em oposição ao sertão de “Velho Chico”, a série retoma as histórias ambientadas em favelas -se passa em São Gonçalo (RJ)- e lança uma figura política na nova temporada.
Apesar desse contexto, Paiva afirma que a nova leva de episódios de “Chapa Quente” está mais descontraída. Caruso diz que seu personagem “é uma figura qualquer da sociedade. Interpretar um político é como fazer um banqueiro ou qualquer outra coisa”, revela o ator. Ele ainda avisa: “Trabalho em cima do que o autor escreveu, não me inspiro em ninguém. Se alguém se vir nesse político, é porque vestiu a carapuça”, comenta Caruso.
Para encarnar o personagem e dar adeus à Feliciano, seu papel na trama de João Emanuel Carneiro, Caruso mudou radicalmente o visual. A mudança na cor dos fios, que agora estão acaju, surpreendeu até mesmo o intérprete.
“Quando me olhei no espelho com o cabelo acaju, não me reconheci. Tomei um susto. Mas é assim mesmo. O rosto do ator é como se fosse argila, é moldado à medida que o personagem exige”, diz Caruso, que também teve que adotar uma peruca e um óculos de grau para o político.
Para os autores do seriado, os relacionamentos humanos ganham destaque dessa vez. Marlene (Ingrid Guimarães), a protagonista cabeleireira, descobre que seu pai verdadeiro é o deputado Moacir.
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