icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Chuvas abaixo das expectativas preocupam produtores no Sertão

Próximos três meses devem gerar no máximo 500 mm de chuvas; entidade critica modelo de políticas públicas para produtores.

Publicado em 01/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:58

O Sertão paraibano deve enfrentar mais um inverno de baixo volume de chuvas, segundo perspectivas de institutos meteorológicos do país. A previsão preocupa produtores do semiárido do Estado. De acordo com o estudo do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTec), os próximos três meses devem gerar, no máximo, 500 mm de chuvas na Região, com 35% de probabilidade de volume abaixo desta média.

A mesma estimativa é usada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que prevê 40% de probabilidade de chuvas dentro da normalidade (500mm) e 35% de chuvas abaixo das expectativas. Para o diretor presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, os produtores locais estão preocupados com as projeções. “Nós estamos em um momento de expectativa. Tivemos três anos seguidos de seca e para 2014 as perspectivas não são boas, então a preocupação é grande”.

A projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgada em janeiro, é de apenas 52 mil toneladas de grãos para este ano, 12% a mais do que 2013 (46 mil t), mas considerada ainda muito baixa ou longe da média de inverno regular no Estado (que vai de 150 mil a 200 mil toneladas).

De acordo com Mário Borba, o atual cenário vem desanimando muitos produtores do semiárido paraibano. “Muita gente perdeu tudo o que tinha nesses últimos anos. O inverno deste ano estava sendo esperado como um período de recuperação. A esperança era de refazer a produção, pois o setor está praticamente quebrado, mas com essas previsões devemos ter mais um ano difícil”.

Na avaliação do diretor presidente da Faepa, além das condições climáticas, o que dificulta a recuperação do setor é o modelo falho de políticas públicas voltadas para o produtor do semiárido nordestino. “Vivemos num país de dimensões continentais, com realidades completamente diferentes entre as regiões. Acontece que o produtor do semiárido nordestino tem o mesmo tratamento que o produtor do Rio Grande do Sul. Isso está errado, o governo federal tem que entender que são realidades diferentes e os incentivos também deveriam ser”, disse Mário Borba.

Enquanto o tratamento diferenciado não chega, as produções no interior do Nordeste são castigadas ano após ano, segundo relatou o representante da Faepa. “O governo anuncia custeios emergenciais, prorrogação do teto, políticas de crédito, mas nada disso é aplicado e isso não resolve nosso problema”.

Neste cenário, toda cadeia produtiva que depende das chuvas para sobreviver tende a ser afetada, explicou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Lucena.

“Tivemos dois anos das piores secas na Paraíba. Os mananciais que atendem o semiárido estão com volume de água em 30% abaixo do esperado, para se ter ideia da nossa emergência. 50% do rebanho foi perdido, quase não há emprego no interior, o homem da roça não está conseguindo sobreviver”.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp