Ricardo quer indícios que comprovem denúncia de Couto

O governador Ricardo Coutinho (PSB) falou na manhã desta quarta-feira (2) sobre a denúncia do deputado federal Luiz Couto (PT) dando conta de um suposto plano para matá-lo. O chefe do Executivo afirmou que a secretaria de Segurança Pública encaminhou ofício à Polícia Federal querendo saber se há algum indício sobre a veracidade dos fatos. As declarações foram dadas durante a solenidade de assinatura de convênio com instituições de caridade em João Pessoa

“O secretário Cláudio Lima oficiou à Polícia Federal para que ela possa naturalmente dizer quais são os indícios. Eu não quero nem provas, eu quero apenas indícios que levaram a uma coisa tão séria como essa. É importante que quando a gente diz algo tão sério, que o Estado, para apurar e punir se for verdade, possa ter o mínimo de condições, o mínimo de indícios para que essa verdade possa aparecer”, disse o governador Ricardo Coutinho.

Ricardo disse que desde as denúncias não conseguiu falar com o deputado Luiz Couto. Segundo ele, o governo quer a apuração do fato tanto que a Secretaria de Administração Penitenciária abriu uma sindicância e a de Segurança Pública instaurou um inquérito. “Não tememos absolutamente nada. Todos os nossos secretários estão dispostos a contribuir com toda e qualquer investigação para que apenas a verdade venha à tona”, completou

O deputado Luiz Couto disse que teve de suspender todos os compromissos marcados para o final de semana depois de ser informado que o serviço de inteligência da Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba detectou que dois pistoleiros alagoanos estariam em João Pessoa para executar ele e a advogada Valdênia Paulino, ouvidora de Polícia do Estado.

Couto disse que ficou surpreso quando desceu no aeroporto Castro Pinto, sexta-feira (27), e encontrou uma escolta de policiais militares, além dos agentes federais que já fazem a sua segurança, e que nesse momento foi notificado pela Superintendência Regional da Polícia Federal para suspender todas as atividades públicas previstas para o final de semana porque, segundo o delegado responsável, "havia uma majoração do risco à integridade física deste parlamentar".

Além disso, o parlamentar frisou que recebeu uma denúncia de que R$ 300 mil teriam sido transportados numa caminhonete do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (Gpoe), pertencente à Seap e diretamente subordinado ao secretário da pasta, responsável por determinar as saídas e o deslocamentos do grupo.

Ouvidoria de Polícia

O governador Ricardo Coutinho também falou sobre a substituição de Valdênia Paulino na Ouvidoria de Polícia. Ele disse que apesar de ter recebido uma lista tríplice do Conselho Estadual de Direitos Humanos, não tem obrigação de escolher entre os que foram indicados.

“Fui eu que pedi no primeiro no ano. Dependendo do perfil eu nomeio, ou busco um perfil que eu julgo mais adequado para uma função que é uma função típica. Ouvidoria é para ouvir, catalogar, investigar e para ajudar no melhor funcionamento da máquina”, afirmou.

O governador destacou que o novo nome para a Ouvidoria deve ser anunciado nos próximos dias.