ESPORTES
Botafogo e Treze se enfrentam neste domingo no Almeidão
De um lado o líder, único invicto do Campeonato Paraibano; do outro, um time pressionado pela própria torcida, que se segura aos trancos e barrancos no G-4.
Publicado em 13/03/2011 às 10:31
Rostand Melo e João Neto
Do Jornal da Paraíba
De um lado o líder, único invicto do Campeonato Paraibano; do outro, um time pressionado pela própria torcida, que se segura aos trancos e barrancos no G-4. As situações de Treze e Botafogo servem para ilustrar o que será o Clássico Tradição deste domingo (13), às 16h, no Almeidão.
O Botafogo não sabe o que é vencer no Campeonato Paraibano desde a terceira rodada, quando passou pela Desportiva por 2 a 1. Pelo menos tinha a desculpa que estava invicto. Mas a derrota por 1 a 0 para o CSP, na última rodada, despertou um princípio de crise na Maravilha do Contorno.
Além das dispensas de Parral e Peixinho, o treinador Paulo Moroni pode ter outro problema para o duelo de hoje. O zagueiro Léo Oliveira, que estava confirmado para estrear, não participou do coletivo apronto, com dores musculares, e é dúvida. O atacante Edmundo, no entanto, é presença confirmada, mesmo que seja no banco de reservas.
Se tem uma coisa que o Belo não pode apostar para sair de campo com os três pontos é no retrospecto recente entre as duas equipes. Isso porque o último triunfo do Botafogo aconteceu no primeiro turno do Estadual 2008, no dia 24 de fevereiro. De lá para cá, foram nove resultados negativos e cinco empates.
O treinador botafoguense buscou o outro lado da moeda para comentar sobre essa estatística negativa. Ele ignorou completamente a freguesia da sua equipe e revelou que isso é uma forma dos atletas buscarem mais motivação para voltar a derrotar o Galo da Borborema.
“Todo momento é ideal para vencer no futebol. Em um clássico melhor ainda. Esse fato de que faz três anos que o Botafogo não vence o Treze nos dá uma motivação maior. Vai deixar o jogo mais vibrante do que o normal, porque, além deles estarem na frente, se trata de uma grande rivalidade. Vai ser um desafio interessante”, falou.
Paulo Moroni e os torcedores do Belo, logo depois da classificação na Copa do Brasil diante do Vitória, viviam uma verdadeira lua de mel. Só que o tropeço contra o CSP, no último sábado, colocou a relação em xeque. Para o comandante, essa é a hora de todos mostrarem personalidade.
“As críticas vêm sempre, assim como os elogios. Depende do que está sendo feito em campo. É nesse momento que os jogadores têm que mostrar personalidade. Nós temos que tomar decisões antecipadas, enquanto o torcedor reage depois. É por isso que eles estão com a razão quase sempre. Sabemos que estamos muito abaixo do esperado, mas estamos trabalhando para os resultados acontecerem, e espero que seja hoje”, acrescentou.
O técnico alvinegro procurou esclarecer um dos principais questionamentos que envolve o atual momento do Botafogo. Por que a diferença de rendimento tão grande nos jogos da Copa do Brasil e do Campeonato Paraibano? Moroni garante que o fator fundamental, nesse caso, é o lado psicológico.
“Isso é uma coisa muito relativa. Os jogadores são os mesmos, a preparação é a mesma e o rendimento físico também não é diferente. O que muda é o lado emocional mesmo. Eles sabem que a Copa do Brasil é uma marca maior e oferece uma maior visibilidade”, disse.
Paulo Moroni continua. “E ainda tem um agravante. Quando enfrentamos grandes clubes, eles deixam jogar. Times menores não permitem isso. Meu objetivo é fazer com que assimilem que não pode haver essa diferença, até porque nossa realidade é o Estadual”, disse.
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