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POLÍTICA

MP diz ter detectado comissionados ‘fantasmas’ no rol de servidores

Ministério Público Estadual Estadual constatou que vários comissionados da Prefeitura de Catolé do Rocha eram ‘fantasmas’, ou seja, recebiam os salários, mas não prestavam serviços.

Publicado em 30/11/2010 às 9:00

Josusmar Barbosa
Do Jornal da Paraíba

O Ministério Público Estadual Estadual constatou que vários comissionados da Prefeitura de Catolé do Rocha eram ‘fantasmas’, ou seja, recebiam os salários, mas não prestavam serviços. Diante da constatação e dos salários atrasados a Prefeitura de Catolé do Rocha firmou um termo de ajustamento de conduta com o MP se comprometendo a reduzir o número de cargos em comissão.

A revelação é do promotor Ítalo Mácio de Oliveira. Ele instaurou um procedimento devido a denúncias feitas por servidores de que estariam com salários atrasados. “Foi instaurado um inquérito civil público e comprovamos que, além do atraso nos salários, havia muitos servidores comissionados figurando na folha de pagamento sem efetiva comprovação de que davam expediente no município”, disse o promotor.

Ítalo estabeleceu um prazo de 120 dias para o corte dos cargos desnecessários sob pena de multa diária de R$ 2 mil. O TAC estabelece ainda que devem ser criadas funções gratificadas para concursados para privilegiar os servidores de carreira.

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado, o montante da folha de pessoal em outubro de Catolé do Rocha foi R$ 1,2 milhão. A maior parte fica com os 832 servidores efetivos (R$ 811 mil). Já os 90 comissionados, incluindo os secretários, têm uma folha de R$ 130 mil. O restante é contratação por excepcional interesse público e o pessoal de convênios federais. Abaixo, outras medidas de contenção de gastos.

O promotor comentou que o prefeito de Catolé, Evaldo Caetano, exonerou, de uma só vez, todos os secretários e detentores de cargos comissionados na estrutura da administração municipal.

No total, 90 servidores foram dispensados pelo gestor, que também suspendeu as viagens, ajudas de custo e as licenças-prêmio dos funcionários. Ítalo Mácio ressaltou que havia baixado uma recomendação para que todos os servidores comissionados fossem exonerados.

Para resolver a situação foi realizada um audiência com o prefeito e os secretários de Finanças e Administração e, posteriormente, baixada a recomendação para a exoneração dos cargos comissionados e para corte de despesas supérfluas, como as de propaganda.

O prefeito Edvaldo Caetano não quis polemizar sobre a denúncia do Ministério Público de que havia funcionários “fantasmas” no quadro de comissionados.

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Jornal da Paraíba

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