VIDA URBANA
Aulas de Medicina da UFCG estão paradas
Apesar da lista de espera, com cerca de 10 mil candidatos, CCBS pode perder R$ 540 mil se não compor a tempo, uma turma de 45 alunos.
Publicado em 10/03/2012 às 6:30
O impasse para que as aulas do primeiro período do curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) possam começar normalmente pode custar aos cofres do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) R$ 540 mil por semestre. Desde a última segunda-feira, com a aulas paralisadas em protesto pela demora no fechamento da turma devido aos problemas apresentados na convocação dos alunos aprovados no Vestibular 2012, a turma iniciante que conta até agora com 32 alunos dos 45 possíveis ainda corre o risco de perder os primeiros seis meses de aula, caso não haja um entendimento entre a direção do Centro, professores e os representantes dos alunos.
De acordo com Paulo de Freitas Monteiro, diretor do CCBS, 60% dos recursos recebidos pela entidade correspondem ao número de alunos matriculados e caso não haja uma solução imediata, os riscos do primeiro semestre ser perdido é alto, além de comprometer as receitas do segundo semestre. “Nós recebemos cerca de R$ 150 mil por mês, só que a maior parte dessa verba é correspondente ao número de alunos matriculados. Até certo ponto nós vamos conseguir repor as aulas, mas se esse impasse demorar muito tempo não haverá condições de reposição e o semestre será perdido”, explicou Paulo.
Esse imbróglio foi reflexo da mudança no critério de classificação dos alunos, já que a universidade passou a adotar as notas referentes ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e não do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). De acordo com Artur Medeiros, membro do Diretório Acadêmico de Medicina, o período letivo começou com poucos alunos matriculados, já que o preenchimento das vagas em aberto começou a ser realizado através de medidas judiciais devido às constantes falhas no critério de convocação dos aprovados.
“Existe uma lista com cerca de 10 mil estudantes em espera e nós não aceitamos essa demora toda para preencher uma turma com 45 alunos. Já passamos por um problema semelhante no ano passado, mas agora está sendo pior. Apresentamos algumas sugestões para resolver isso, como por exemplo uma chamada presencial para que o andamento seja mais rápido e a turma fique completa”, explicou o estudante que garantiu que o diretório acadêmico tomou todas as precauções para documentar a paralisação vigente.
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