Gravuras das Américas

Há 22 anos, o mundo voltava os olhos para o Brasil devido à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. Em virtude do evento, foram reunidos 120 artistas do país e das Américas para produzir gravuras em torno da temática da Ecologia e da valorização da Natureza para compor a exposição batizada de Eco Arte.

Nesta quinta-feira, o Museu Assis Chateaubriand (MAC-UEPB), em Campina Grande, inaugura a exposição intitulada 25 Gravuras de Artistas Latino-Americanos, que estará aberta gratuitamente até o dia 10 de outubro.

De acordo com o diretor do museu Angelo Rafael Farias, que cuidou da expografia, a mostra é um recorte que foi doado para a entidade através da Cia. Bozano (do banco Bozano-Simonsen), uma sociedade gestora de participações filantrópicas, artísticas, educacionais e ecológicas.

“A coleção rodou o mundo”, conta Angelo Rafael. “Foi doado um número de recortes para os principais museus brasileiros. O MAC foi um dos escolhidos a dedo. Não foi qualquer museu que recebeu esse acervo”, frisa.

Apesar do título se restringir aos “latino-americanos”, a exposição é composta por trabalhos produzidos por artistas radicados ou nascidos nas Américas. No acervo paraibano, encontram-se gravuras de autores oriundos do Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Colômbia, Venezuela, Peru, México, Argentina, Uruguai e Chile, além de oito brasileiros, a exemplos de Reynaldo Fonseca (com a obra Pastoral), Carlos Vergara (Forno) e Daniel Senise (Fogo-Fátuo).

“As obras, em suas múltiplas configurações e caminhos, oferecem um olhar centrado no homem, na sua relação com o meio ambiente, tornando visível aos olhos do espectador a mágica possibilidade que a arte possui de abrir o pensamento”.

A visitação do Museu Assis Chateaubriand, que fica localizado na rua João Lélis, 581, Catolé, acontece de segunda a sexta-feira, sempre das 13h30 às 18h30 (podendo ser estendida até as 19h).