Jota Júnior nega rompimento com Domiciano e diz que mantém acordos

Bartolomeu Honorato
Do Jornal da Paraíba

O prefeito de Bayeux, Jota Júnior (PMDB), afirmou que mantém de pé a aliança com o vice-prefeito do município Domiciano Cabral (DEM) e negou que descumpriu acordos políticos com o ex-deputado federal. Na última segunda-feira, Domiciano Cabral havia anunciado o fim da união política formalizada com Jota Júnior desde 2008, quando a chapa “Em nome do bem” venceu as eleições majoritárias na cidade.

“Oficialmente não há rompimentos, só escuto esse rompimento pelos outros. O acordo que fiz com Domiciano Cabral está mantido”, declarou Jota Júnior. Segundo o prefeito de Bayeux, o acordo prevê que o irmão dele, Carlos Sousa (PP), se candidatasse a deputado estadual, enquanto Domiciano Cabral disputaria uma vaga no Congresso Federal. Os dois nomes seriam apoiados por Jota Júnior e Sara Cabral.

Haveria ainda um plano “B” caso essa configuração não emplacasse. “Sara Cabral disputaria a Assembleia Legislativa e eu seria candidato a deputado federal”, disse Jota Júnior. Ele afirmou que o plano escolhido foi o de Carlos Sousa para a Assembleia e Domiciano Cabral para a Câmara Federal. “Domiciano Cabral tem experiência em Brasília, porque foi deputado federal duas vezes. Ele poderá trazer recursos para Bayeux”, declarou o prefeito.

Jota Júnior disse que, até agora, não foi procurado por Domiciano Cabral para saber o que de fato está acontecendo, no entanto, ele afirmou que está aberto ao diálogo. Mas caso o ex-deputado federal mantenha o rompimento, Jota Júnior vai respeitar o posicionamento do vice-prefeito. “Não tenho desgaste com Domiciano e espero conversar com ele. Mas eu sei que ele é livre para escolher o rumo político que quiser”, destacou.

O ex-deputado federal disse que o acordo seria a candidatura de Jota Júnior a deputado estadual com o apoio de Domiciano e Sara Cabral. Caso o prefeito fosse eleito para a Assembleia Legislativa, o vice-prefeito assumiria o cargo de prefeito de Bayeux, em 2011, quando Jota Júnior fosse empossado no Legislativo estadual. “Não como manter a aliança com Jota Júnior depois que ele oficializou o apoio ao irmão Carlos Sousa (PP) para concorrer na Assembleia”, frisou.