Vanildo é nomeado e toma posse na Defensoria da PB

O atual defensor público geral do Estado da Paraíba, Vanildo Oliveira Brito, foi reconduzido ao cargo pelo governador Ricardo Coutinho por mais dois anos. Seu nome foi escolhido da lista tríplice eleita no último dia 30 de novembro, da qual constava os nomes dos defensores públicos Otávio Araújo e Madalena Abrantes. Poucas horas depois de ter confirmada a sua nomeação, publicada no Diário Oficial de ontem, Vanildo Brito tomou posse para o novo mandato em uma solenidade feita às pressas e sem divulgação.

O defensor geral disse que pelas normas da instituição teria até domingo para tomar posse. Pelo fato de considerar o tempo curto para realizar uma solenidade mais 'glamourosa' ele se apressou e marcou a posse para ontem na sede do Procon Estadual. “Nesse prazo seria impossível mandar produzir convites, contratar buffet, então convoquei o Conselho Superior e tivemos uma solenidade mais simples”, explicou Vanildo.

Esta foi a primeira eleição direta após a conquista da autonomia administrativa e financeira da Defensoria Pública da Paraíba, em maio deste ano, com a sanção da Lei Complementar nº 20/2012.

Dos 273 defensores do quadro ativo aptos a votar, 256 participaram do pleito. Vanildo Brito obteve 145 votos. Já o defensor público Otávio Araújo recebeu 143 indicações dos colegas e Madalena Abrantes recebeu 125 votos. O governador Ricardo Coutinho teria um prazo de 30 dias para escolher um dos três, mas preferiu não esperar muito e nomeou o mais votado.

Escolhido de forma indireta pelo governador do Estado para o biênio 2010/2012, o defensor geral Vanildo Brito foi criticado durante a campanha, pelos concorrentes, de manter o órgão na dependência do governo do Estado. O defensor Otávio Araújo, no dia do pleito, chegou a cobrar mais atenção dos demais defensores públicos quanto ao partidarismo entranhado na Defensoria da Paraíba. “Poucos têm coragem de falar, mas é absurdo. Temos que nos valorizar e buscar evoluir como órgão autônomo que somos”, disse.

Vanildo disse que vitória é um termômetro da aceitação do seu trabalho e que a opinião de uma ala de insatisfeitos não deve atrapalhar a condução do seu trabalho à frente do órgão. “Vou continuar meu trabalho com a equipe econômica do governo, que tem ajudado muito nesse trabalho que venho fazendo, para que a defensoria preste o melhor serviço à população. Essa queixa de parte dos defensores não tem cabimento. A gente desconhece de quem não seja da confiança que tenha sido escolhido. Essa eleição foi um termômetro. Uma avaliação de que a categoria está entendendo a minha mensagem de trabalho. Caso contrário, não teria tido esse resultado”, avaliou.

O defensor geral do Estado terá que administrar um orçamento inicial de R$ 52,84 milhões para 2013, conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2013, em análise na Assembleia Legislativa. “Esperamos que com as emendas dos parlamentares consigamos aumentar este orçamento. Também contamos com o apoio do governador para investir na Defensoria Pública”, disse. (Com colaboração de Jhonathan Oliveira)