VIDA URBANA
João Pessoa tem 95% da rede hoteleira ocupada para o Carnaval
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira o índice é uma compensação do mês de fevereiro, que registrou números baixos. Em Campina Grande índice é de 85%.
Publicado em 05/03/2011 às 13:44
Jean Gregório
Do Jornal da Paraíba
Mesmo sem atrativos no período de Carnaval, a taxa de ocupação da rede hoteleira na Grande João Pessoa chegará a 95%, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, seccional da Paraíba (ABIH-PB), enquanto Campina Grande, que realiza eventos religiosos, o índice ficará próximo de 85%. Contudo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, seccional Paraíba, (Abrasel) diz que o setor sofrerá retração na duas principais cidades do Estado.
Para o vice-presidente da ABIH-PB, Tadeu Pinto, “o parque hoteleiro da Grande João Pessoa é ainda pequeno (6,5 mil leitos) e a taxa de 95% serve apenas como uma compensação do mês de fevereiro, que registrou uma das menores taxas dos últimos anos, com ocupação abaixo de 55%.
Como o Carnaval normalmente é realizado em fevereiro estica o Verão e eleva a taxa, mas neste ano caiu em março, ficando um hiato entre a alta estação (janeiro) e o Carnaval (março). O problema, volto a frisar, é o pós-Carnaval na Grande João Pessoa, quando inicia o longo período de baixa sazonalidade e taxa média de ocupação cai sensivelmente e os setor fica sem alternativa”, comenta.
Os gerentes de reservas dos hotéis avaliam que a média de ocupação no Carnaval foi praticamente a mesma do ano passado.
É o caso do Verdegreen Hotel, que está localizado à beira mar do bairro de Manaíra, que está mais uma vez com seus 140 apartamentos reservados para o período de Carnaval, desde início de fevereiro. O recepcionista do VerdeGreen Hotel, Rafael Santos, diz que o atendimento, o café da manhã e a proposta de sustentabilidade eco-design marcam os hóspedes.
“Além de utilizar na construção cerâmica natural, uso de madeira de reflorestamento, o hotel tem uma política de reutilização de água, faz uso de materiais ecológicos na ambientação e do aquecimento solar, enquanto o ar condicionado são menos poluentes de baixo consumo.
Para Joyce Carvalho, recepcionista do Hotel Ibis, em João Pessoa, as vagas se esgotaram somente essa semana. “O Carnaval do ano passado a taxa de ocupação foi reservada bem antecipada, mas este ano houve mudança de data e o hotel é voltado para executivos, pois não disponibiliza alguns serviços para as famílias que estão em lazer. Como não há uma disputa direta por esse mercado, suprimos a demanda do setor nesse aspecto, por sermos uma bandeira internacional”, frisou.
Já os bares e restaurantes deverão sofrer queda no movimento. O presidente da Abrasel-PB, Edilson Sobrinho, diz que na capital paraibana a queda ficará entre 10% e 15%. “A chegada de turistas em João Pessoa e em Campina Grande no período não compensa o fluxo de saída no período de Carnaval. Alguns bares e hotéis devido ao fraco movimento chega a fechar em alguns dias do Carnaval. As prévias do Carnaval do Folia de Rua que antecede o Carnaval chega a ser catastrófico”, revelou.
Para o diretor da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Campina Grande, Marinaldo Barreto dos Santos, o fluxo de turistas com os eventos da Consciência Cristã, Nova Consciência e do Crescer também não chegam a compensar o esvaziamento da cidade. “Apesar dos hotéis terem maiores compensações, temos ainda uma queda em torno de 30%, mas seria bem pior forte sem os eventos. É verdade também que muitos turistas preferem se alimentar no local ou próximo local do evento, o que reduz o movimento nos bares e restaurantes”, avaliou.
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