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VIDA URBANA

MP fiscaliza o Antônio Targino

Inspeção do Ministério Público Estadual aconteceu no setor do SUS, que entre outras irregularidades, aglomerava pessoas sem atendimento.

Publicado em 25/07/2012 às 6:00


Várias irregularidades foram encontradas no Hospital Antônio Targino (HAT), em Campina Grande, ontem pela manhã durante uma fiscalização da Promotoria da Saúde do Ministério Público Estadual. A inspeção aconteceu no setor do Sistema Único de Saúde (SUS), que aglomerava pessoas sem atendimento. Além das deficiências físicas, o MP recebeu uma denúncia de uma paciente que afirmou ter sido cobrada para a realização de exames, mesmo no atendimento público.

A inspeção contou com a participação de vários órgãos na área da saúde, como o Conselho Regional de Medicina (CRM), Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) e Vigilância Sanitária. Segundo o promotor que coordenou a fiscalização, Luciano Maracajá, uma paciente que estava internada no hospital acabou denunciando a cobrança para a realização de exames médicos, mesmo sendo atendida no setor do SUS da unidade.

“Vamos averiguar o fato e se isso for constatado, vamos solicitar a instauração de um inquérito policial, porque se trata de crime”, informou.

Logo na recepção foram identificados problemas estruturais.

Segundo o inspetor do CRM, Eurípedes Mendonça, além da iluminação precária, o setor não possui triagem dos pacientes que devem ser atendidos pela ordem de gravidade.

O promotor também informou que vários outros problemas foram identificados, como a disponibilidade de um único médico para 20 leitos de UTI, quando o determinado pelo Ministério da Saúde é que o profissional fique responsável por, no máximo, dez leitos.

“Nós vamos notificar o hospital e apresentar os relatórios da inspeção”, contou. Ele informou que todos os hospitais ou setores de saúde públicos deverão ser fiscalizados nas próximas semanas, em Campina Grande. “Um outro problema que identificamos foi a superlotação dos hospitais, precisamos encontrar mais unidades que ofereçam suporte ao Trauma”, continuou.

O diretor do HAT, José Targino, informou que não tinha conhecimento da cobrança que foi realizada à paciente e que esse tipo de procedimento não é permitido pelo hospital. “O serviço social do hospital trabalha fazendo acompanhamento dos pacientes para saber se algum tipo de cobrança foi feita, tentando evitar essa irregularidade, mas o médico que fez a cobrança é quem vai responder pelo crime". Ele disse também que o hospital está passando por reforma geral para sanar as deficiências. físicas.

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Jornal da Paraíba

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