VIDA URBANA
Bancários fecham acordo com Caixa e encerram especulação de nova greve
CEF e bancários firmaram acordo que prevê compensação efetiva dos dias de greve, sem margem para a realização de desconto de horas remanescentes.
Publicado em 14/11/2008 às 7:12
Da Redação
Com informações da Seeb-PB
Funcionários da Caixa Econômica Federal decidiram acabar com as especulações de uma nova greve e aprovaram a proposta feita pelo banco sobre a compensação dos dias de greve da categoria. O acordo foi feito em Brasília em acatado também na Paraíba, na sede do Sindicato dos Bancários no Estado.
A empresa e os bancários firmaram acordo que prevê compensação efetiva dos dias de greve, mas sem margem para a realização de desconto de horas remanescentes ao final do período pré-estabelecido para as compensações. As negociações tiveram início há uma semana e só foram concluídas na noite da quarta-feira (12 de novembro).
O acordo resolve também a pendência relativa à continuidade da greve no dia 24 de outubro, em algumas bases sindicais. Até agora, a empresa estava determinada a descontar não só o dia 24 como também o dia anterior (23 de outubro) e até mesmo o final de semana, dias 25 e 26 de outubro. As negociações descartaram o desconto também desses quatro dias. Neste caso, o prazo para compensação será um pouco maior - até 19 de dezembro.
"Nesse resultado nem prevaleceu a vontade dos empregados sobre o que seria a forma ideal de compensação nem o que a Caixa queria. Ainda assim, acho que o texto permaneceu dúbio, deixando brechas para interpretações que podem variar de acordo com cada gestor", avaliou o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba Lucius Fabiani.
Ele ainda destacou que a proposta de compensar as faltas no saldo positivo de horas dos bancários é ilegal, mas sem essa cláusula a Caixa voltaria atrás no acordo e automaticamente entraria em vigor a CI 107, que prevê o desconto das horas não compensadas na folha de pagamento de janeiro.
"Vamos acompanhar de perto o cumprimento dessa compensação em todas as unidades, observando as orientações dos gestores e intervindo novamente se houver algum tipo de distorção", garantiu o presidente. "Aproveitamos para lembrar que esse acordo não encerra a nossa insatisfação com a postura intransigente da Caixa ao longo das negociações. Foi apenas uma tentativa de evitar prejuízo para o bancário".
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