CULTURA
Padre Alessandro fenômeno country
Sacerdote era capelão do Colégio Militar de Brasília, com patente de tenente, mas ‘deixou tudo e foi embora’ com as bênçãos do bispo de sua Arquidiocese.
Publicado em 26/10/2011 às 6:30
Sertanejo Brasília! O sucesso do estilo no Sul do país agora invade também os altares do planalto central, e logo, logo deve chegar numa igreja perto de você! Junte uma pitada de ‘Tonico e Tinoco’ com uma dose igualmente proporcional de Marcelo Rossi, inspirado na respeitosa tradição do padre Zezinho, e o que você vai ouvir é o mais autêntico, agudo e sonoro: ‘seeeguuuura cristão’ da sua vida. Isso porque “a música sertaneja sempre fez parte da história do brasileiro, e agora, todo mundo resolveu tirar do porta-luvas do carro e colocar pra tocar mesmo”, disse o padre Alessando Campos, fenômeno country.
Criado no interior de São Paulo, hoje pregando na capital federal e com apenas 28 anos, o padre chega ao mercado fonográfico como uma nova aposta da corrente carismática da Igreja Católica. Apesar de, pessoalmente, ele preferir se denominar como ‘padre da igreja’, “sou um profundo admirado da Renovação Carismática Católica porque acredito que ela veio para fazer uma grande revolução na vida dos cristão, mas não me intitulo ‘padre carismático’”, explica.
O sacerdote era capelão do Colégio Militar de Brasília, com patente de tenente, mas ‘deixou tudo e foi embora’ (bem sertanejo isso, diga-se de passagem) com as bênçãos do bispo de sua Arquidiocese. Hoje ele trabalha para entrar no hall dos famosos Marcelo Rossi, Fábio de Melo, Reginaldo Manzotti, “mas nosso trabalho é diferente, como um padre sertanejo. Os clássicos desse gênero trazem conteúdo: músicas de paz, amor, isso faz parte da nossa alma. Os peões não sobem nos rodeios sem antes expressar sua fé em Nossa Senhora, por exemplo", explica o padre, que também acredita que “todos nós temos um pé no Sertão, na roça, no campo”.
O resumo do disco está na canção sete, que, segundo Alessandro Campos, resume toda sua pregação: o homem decepciona, Jesus Cristo jamais. Uma das quatro músicas inéditas do álbum, que tem também cinco versões de canções populares, uma regravação da famosa ‘Estrada da vida’ e outras três de padre Zezinho.
Agora, sua pregação vem cercada de várias ferramentas. Além do CD e dos shows de pregação, até o Natal deve chegar às livrarias um trabalho com a assinatura do padre, fora o programa de rádio que apresenta em Brasília e que já é reproduzido em outros Estados.
É com essa força e fé que o padre segue "tentando mostrar um Jesus Crito alegre e uma igreja moderna, mas com valores", diz.
Comentários