VIDA URBANA
Paralisação dos professores na UFCG deixa 20 mil alunos sem aula
Movimento é de 24 horas, mas os professores já aprovaram um indicativo de greve para este mês.
Publicado em 14/05/2015 às 7:11 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:11
Cerca de 20 mil alunos da graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão sem aula durante todo o dia de hoje devido à paralisação dos professores da instituição. A suspensão das aulas acontece devido à negociação realizada em Brasília envolvendo o governo federal e os representantes dos servidores federais de todo o Brasil. Além da suspensão das atividades, os docentes dos campi da UFCG em Campina Grande, Patos, Sumé, Cuité e Pombal já definiram o indicativo de greve para o próximo dia 29. Somente Cajazeiras não definiu a data, mas confirmou que pode paralisar suas atividades a qualquer momento.
Segundo o secretário-geral da Associação dos Docentes da UFCG (Adufcg), professor Luciano Mendonça, essa paralisação será uma oportunidade de realizar uma mobilização da categoria para externar a pauta de reivindicação dos professores. De acordo com ele, será realizada uma panfletagem a partir das 7h em frente ao portão principal da universidade, em Campina Grande, para que o movimento ganhe maior adesão de apoio de alunos, e principalmente dos docentes que se posicionaram contrários ao movimento. A reivindicação é de um reajuste salarial de 27,3%.
“Nós compreendemos que uma menor parte dos professores ainda pode insistir em não participar da paralisação, e queremos aprofundar o diálogo para que eles entendam a nossa luta. Por isso vamos fazer essa panfletagem e também realizar uma mesa de discussão a partir das 9h para ampliar nosso debate. Essa paralisação é importante para mostrarmos apoio aos nossos companheiros que estão em Brasília negociando”, explicou o secretário-geral da Adufcg.
Além da paralisação de hoje, uma nova interrupção das aulas está programada na Universidade Federal de Campina Grande para a sexta-feira da semana que vem, dia de uma mobilização nacional contra as medidas provisórias 664 e 665 que restringem os direitos trabalhistas, e o projeto de lei 4.330 que trata da terceirização do trabalho. “Essas mobilizações são importantes, e isso prova que nós queremos dialogar com o governo. Agora, como não recebemos resposta, a greve acaba sendo o último recurso que utilizamos”, acrescentou Luciano Mendonça.
O reitor da UFCG, professor Edílson Amorim, afirmou que irá receber em breve os representantes dos docentes da instituição para tratar sobre questões que remetem à administração da unidade. Sobre a paralisação, o posicionamento da universidade é o de respeitar a categoria, além de esperar que esse tipo de atitude não prejudique os alunos no que diz respeito ao cumprimento do calendário escolar.
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