Pais dobram gastos com filhos de férias

As férias escolares dos filhos pequenos merecem uma atenção especial, principalmente quando os pais trabalham fora e veem na escola, além de um centro de aprendizagem, um lugar onde as crianças estão protegidas. Quando o ano letivo termina, como os pais podem manter os compromissos profissionais se deixam de contar com o apoio da escola?

Para alguns, há a possibilidade de pedir ao chefe um período de descanso, mas quando isso não é possível, o jeito é se preparar para gastos extras, que podem chegar a mais do dobro da mensalidade escolar.

Isso foi o que aconteceu com a encarregada de serviços gerais Gerlane Alexandre Guilherme, mãe do pequeno Emerson Alexandre, de 6 anos. No período de aulas, o menino estuda em uma escola privada das 13h às 17h e pela manhã fica aos cuidados de uma tia. Então, a mãe não precisa contratar uma babá. A mensalidade do colégio é de R$ 90.

Mas desde a primeira quinzena deste mês, Emerson está de férias e Gerlane continua trabalhando normalmente. Neste período surgiu a dúvida de onde poderia deixar o filho, de forma que ele ficasse resguardado.

A solução encontrada por ela foi aderir ao serviço oferecido pela escola, com atividades de férias em período integral. Além de ter as refeições garantidas, Emerson participa de atividades lúdicas e fica em um ambiente seguro durante o dia todo.
A saída encontrada pela mãe parece perfeita, se não custasse mais do dobro da mensalidade escolar. Neste período, ela tem que pagar pelo serviço integral R$ 190 mensalmente.

“A tia dele não pode ficar com Emerson este mês. Prefiro pagar para a escola tomar conta dele porque fico tranquila. Os gastos são muitos, sem contar com os passeios que realizamos no fim de semana. Uma ida ao shopping center pode custar até R$ 50, incluindo lanches e os brinquedos”, confessou.

Mesmo com as despesas a mais, a encarregada de serviços gerais conta que não “fica no vermelho", apesar da renda familiar ficar apertada. Para equilibrar o orçamento doméstico, Gerlane disse que pretende tirar 20 dias de férias em janeiro, e os outros dez vender à empresa em que trabalha. O dinheiro das férias vendidas já tem destino certo. “Vou pagar a matrícula e comprar o material escolar”.

DICA

O consultor de finanças empresariais Rinaldo Jefferson da Silva Gomes alertou para que se evite descontrole nas finanças durante as férias. Toda a despesa deve ser colocada na ponta do lápis.

“O correto é direcionar o dinheiro para coisas úteis e colocar tudo na ponta do lápis, através de um controle financeiro, preferencialmente onde registramos toda receita e toda despesa”, enfocou.