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VIDA URBANA

Ação do MPF quer garantir realização de cirurgias no HU

MPF diz que instituição deixou pacientes sem atendimento; direção do HU, garante que vem adotando medidas para efetivar a assistência.

Publicado em 30/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:58

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação na Justiça cobrando que o Hospital Universitário Lauro Wanderley retome a realização de cirurgias. Segundo o MPF, a instituição, que é localizada no campus I da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, suspendeu os procedimentos e deixou pacientes sem atendimento. A direção do HU, por sua vez, garante que vem adotando medidas para efetivar a assistência.

Segundo o MPF, desde o ano passado, o HU enfrenta dificuldades para realizar cirurgias. A instituição chegou até a suspender os procedimentos por quatro meses e só retomou os trabalhos após uma intervenção da Justiça. No entanto, os problemas retornaram no mês de junho e prejudicaram principalmente pacientes que aguardam cirurgias torácicas.

É o que explica o cirurgião torácico e membro do corpo clínico do HU, Petrúcio Abrantes Sarmento. O médico afirma que o hospital realiza, em média, 15 operações torácicas por mês. No entanto, desde junho do ano passado, essa regularidade não vem sendo cumprida. O motivo é a falta de material usado na cirurgia, que custa em torno de R$ 10 mil.

“As cirurgias só não estão totalmente suspensas, porque estamos operando aqueles pacientes que conseguem na Justiça a compra do material cirúrgico. Não operamos por falta de material. Como custa caro, nem todos os pacientes têm condições de comprar. Por isso, orientamos que eles recorram ao Judiciário”, explica.

De acordo com o médico, pelo menos, 90 pacientes estão aguardando cirurgias torácicas. Ele alerta que a demora na realização das operações representa um sério risco à vida dos pacientes. “A maioria dos meus pacientes possui neoplasias (cânceres) e infecções, que podem se generalizar e levar à morte”, lamenta.

Entre os pacientes prejudicados está a dona de casa Vera Lúcia da Silva Lopes. Há três anos, ela aguarda uma cirurgia renal e sente dores diárias, como lamenta a sobrinha dela, Ana Francisca Alves da Silva.

“A minha tia já fez e refez exames e ainda não saiu da fila de espera. Ela está sofrendo muito. Todo dia tem dores muito fortes e não pode nem trabalhar. Não consegue sequer varrer uma casa. É preciso alguém tomar alguma iniciativa, porque, se continuar assim, minha tia pode até morrer”, desabafa Ana.

A família de Vera recorreu ao MPF. Em dezembro do ano passado, a instituição ingressou com uma ação na Justiça, pedindo que as cirurgias fossem realizadas. No entanto, o processo ainda aguarda julgamento na sede da 5ª região do Tribunal Regional Federal, em Recife.

SERVIÇOS AMPLIADOS

A gerente de Atenção à Saúde do HU, Flávia Pimentel, admitiu que a instituição enfrenta problemas de infraestrutura e com insumos médicos, no entanto, ela garantiu que todos os esforços vêm sendo feitos para suprir as necessidades.

“Estamos trabalhando para regularizar tudo. Mas temos problemas que se arrastam desde 2010 e a própria Justiça tem a compreensão que não podemos resolver tudo de uma hora para outra. Estamos fazendo tudo dentro do rigor da lei”, afirmou.

Além de resolver os problemas com as cirurgias, a direção do HU pretende ampliar os serviços. Segundo Flávia, a partir do próximo dia 10, a unidade hospitalar vai começar a realizar cateterismo.

“A Central de Regulação da Secretaria de Saúde de João Pessoa disse que há 90 pessoas à espera do cateterismo e que os serviços não estão dando conta. Alteramos a carga horário de cirurgiões e anestesistas e vamos ofertar esse serviço. Estamos trabalhando para termos um HU do tamanho que possamos ter”, enfatizou.

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Jornal da Paraíba

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