VIDA URBANA
Hospital da FAP reduz em 50% número de cirurgias oncológicas
De acordo com a presidência da fundação, eram realizadas 100 cirurgias por mês e agora vão ser apenas 50.
Publicado em 24/01/2017 às 8:46
A Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, anunciou nesta terça-feira (24), a redução em 50% das cirurgias oncológicas realizadas na unidade. De acordo com a presidência da fundação, o hospital recebeu uma informação da Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), de que só poderia autorizar a realização de 50 cirurgias por mês e a fundação estava realizado 100. A secretaria informou que vai se pronunciar após reunião em Brasília.
Conforme o presidente da FAP, Hélder Macedo, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os recursos projetados para a a realização de cirurgias oncológicas se esgotaram e que a partir dessa realidade, a órgão teve que regular a quantidade de cirurgias e autorizar no máximo 50 cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos condições de realizar o dobro dessa demanda, mas agora temos que reduzir o número de cirurgias”, disse o presidente.
Por causa dessa redução, como explica Macedo, o hospital não vai ter condições de cumprir o prazo de 60 dias para realizar as cirurgias em pacientes diagnosticados com câncer. Outro problema ocasionado pelo corte de recursos destinados à fundação é o fato do aumento na fila de espera de pacientes oncológicos. “Temos um centro cirúrgico equipado, pronto para atender os pacientes. É lamentável, porque vamos expor os pacientes de câncer a um risco maior e diminuir as chances de cura”, pontuou o presidente.
Por sua vez, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que a secretária, Luzia Pinto, vai participar de uma reunião com o Ministério da Saúde, em Brasília, na quarta-feira (25) e que vai aguardar o resultado desse encontro para se posicionar sobre a redução de recursos ao Hospital da FAP. A assessoria acrescentou que em 2015 investiu mais de R$ 3,1 milhões em cirurgias oncológicas e que quem aumenta o teto do recurso é o Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, por meio da assessoria, e informou que o órgão vai se posicionar sobre o assunto ainda nesta terça-feira (24).
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