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VIDA URBANA

Cresce número de vítimas de picadas de escorpião

Segundo o Ceatox, casos registrados até outubro deste ano já ultrapassam os de 2015. 

Publicado em 27/11/2016 às 7:00

O que era para ser mais uma manhã tranquila acabou sendo de muito sufoco e correria na casa da diretora financeira, Marcele Oliveira, 32 anos, quando a filha dela, Maria Luíza, de 11 anos, acabou sendo picada por um escorpião. O caso aconteceu há três meses e entrou para uma estatística crescente. De acordo com o Centro de Informações Toxicológicas de Campina Grande (Ceatox), de janeiro a outubro deste ano já foram registrados 1.219 acidentes por picada de escorpião, um levantamento que já supera os números de todo o ano de 2015, quando foram notificados 1.207 casos, um aumento de 0,99%. Em seis anos já são 11.019 ocorrências dessa natureza.

Os números são referentes aos atendimentos realizados no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, responsável por atender pacientes de 223 municípios paraibanos. O diretor da unidade hospitalar, Geraldo Medeiros,orienta que crianças e idosos são os que mais devem tomar cuidado ao serem picados por escorpiões e procurar atendimento médico com urgência, isso porque, quando picadas, as vítimas apresentam um quadro de reação alérgica intensa à toxina do escorpião e esse quadro de choque tóxico pode evoluir para a morte dos pacientes. Com relação aos jovens e adultos, o médico explica que o procedimento adotado é apenas a lavagem do local onde houve a picada com água e sabão e o uso de analgésicos para aliviar a dor.

Sabendo que estava lhe dando com um caso de alto risco, Marcele levou a filha para o Hospital de Trauma assim que percebeu o ocorrido. “Ela acordou para ir para a escolar e quando passou a mão nas costas percebeu algo estranho, foi aí que o escorpião picou o dedo dela e ela já saiu correndo dizendo que tinha sido picada. O escorpião caiu no chão e eu o matei, coloquei dentro de um saquinho e levei ele junto com Maria Luíza para o Hospital de Trauma. Quando chegamos lá, passaram uma pomada para aliviar a dor e também deram um analgésico. Maria Luíza ficou 12 horas em observação e depois fomos liberados” disse Marcele Oliveira. .

O caso aconteceu no bairro do Jardim Paulistano e, segundo Marcele, é muito comum o aparecimento de escorpiões nas residências da rua onde mora. Contudo, de acordo com a coordenadora do Ceatox, Saionara Fook, o bairro do Catolé é o local onde são notificados mais casos envolvendo acidentes por picadas de escorpião, mas não há dados específicos no bairro. A suspeita é de que esse alto índice pode estar relacionado com o aumento no número de construções no bairro, já que esses locais acabam acumulando muitos entulhos e criando um ambiente propício para o aparecimento e proliferação dos escorpiões.

“Os acidentes com escorpiões são notificados em todos os meses do ano. Porém, a inexistência de um padrão característico de sazonalidade pode estar relacionada aos ambientes urbanos, que oferecem a esse artrópode, condições ideais de temperatura, umidade e alimento em abundância durante todo o ano”, explica Saionara Fook.

Na Paraíba, o Ceatox já registrou duas mortes por picadas de escorpião entre 2010 e 2016. Um dos casos aconteceu em junho de 2015, quando uma bebê de apenas 1 anos e meses morreu após ser picada na cabeça. Na época, a mão da bebê ouviu a menina chorando muito e quando foi olhar percebeu que um escorpião havia picado a cabeça dela. A vítima foi encaminhada para o Hospital de Trauma e a unidade identificou cinco picadas na cabeça. A menina teve cinco paradas cardíacas e morreu na noite do mesmo dia em que foi picada.

O Ceatox alerta que existem cerca de 160 espécies de escorpiões e que as responsáveis pelos acidentes graves pertencem ao gênero Tityus, sendo o Tityus Serrulatus com maior letalidade, seguidos do Tityus Bahiensis, Stigmurus e Paraensis. Contudo, ainda conforme o Ceatox, os acidentes com escorpiões no Estado envolvem principalmente a espécie Stigmurus.

Veja como evitar acidentes com escorpiões

A coordenadora do Ceatox dá dicas simples para manter esse tipo de insetos longe das residência e evitar acidentes:

- Manter limpo os locais próximos das residências, evitando entulhos, evitando-se entulhos, como o lixo doméstico, madeiras e materiais de construção.

- Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção.

- Manter a casa limpa e tomar cuidado ao limpar a casa, afastar móveis, lidar com cortinas, panos de limpeza e roupas amontoadas.

- Vedar ralos, soleiras de portas e janelas, evitar frestas nas paredes.

- Erradicar baratas, alimento preferido dos escorpiões.

- Cuidado especial ao calçar sapatos ou tênis, ao se enxugar, ao vestir roupas, de preferência sacudi-las antes de usar.

- Verificar a roupa de cama antes de deitar, afastando a cama da parede.

- Preservar os predadores naturais dos escorpiões, como sapos e galinhas.

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Jornal da Paraíba

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