VIDA URBANA
Fila e espera no posto de Cruz de Almas na BR-101
Uma queda no sistema de informática reteve caminhões no posto fiscal de Cruz de Almas causando um congestionamento de 4 Km.
Publicado em 23/11/2011 às 6:30
Quatro quilômetros de congestionamento, seis horas de espera e mais de 300 caminhões acumulados para poderem entrar no Estado da Paraíba, passando pelo posto fiscal de Cruz de Almas, na BR-101, durante a manhã de ontem. Os agentes fiscais do posto afirmaram que os transtornos foram causados por uma queda no sistema de informática, que durou cerca de 15 horas.
Para os caminhoneiros que estavam parados ontem, a lentidão fazia parte de uma “greve branca” dos fiscais, que estiveram em greve durante 45 dias e retornaram ao trabalho na última segunda-feira, por determinação do Tribunal de Justiça do Estado.
De acordo com o chefe da Seção de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, Jeferson Costa, o problema na rodovia se agravou por volta das 9h, quando ficaram acumulados cerca de 300 caminhões à espera da fiscalização. Com isso, os motoristas ficaram revoltados e fecharam a rodovia, já que não tinham como passar, impedindo o tráfego dos outros veículos. “Quando chegamos ao local, conseguimos negociar e a rodovia foi sendo liberada gradativamente a partir das 11h. Mas, o problema do sistema de informática do posto continuou ainda”, explicou Jeferson Costa.
O motorista Luís José Ferreira vinha de Curitiba (PR) e disse que chegou ao posto fiscal por volta das 6h da manhã. “Já é meio-dia e ainda não consegui carimbar minha nota fiscal. Além de enfrentarmos o trânsito na BR, ainda temos que esperar horas para ser atendido no posto”, reclamou o motorista. A estudante Mikésia Celestino, 18 anos, preferiu descer do ônibus antes de chegar ao seu ponto final, por conta do congestionamento. “É melhor andar uma parte a pé do que ficar esperando nesse trânsito parado”, disse a aluna que estuda em Goiana (PE) e mora em Caaporã (PB).
O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba (Sindifisco- PB), Victor Hugo negou que a lentidão no posto fiscal tenha qualquer ligação com a greve dos servidores, que já foi encerrada. “O problema foi no sistema de informática, que não conseguia liberar os carros, por isso o congestionamento. Todos os servidores já voltaram ao trabalho, desde a última segunda-feira. Mesmo sem coordenação, o trabalho segue”, disse o presidente do sindicato.
Ele explicou que os agentes fiscais se recusam a assumir cargos de coordenação, porque as reivindicações pedidas durante a greve ainda não foram atendidas. Os servidores da Receita Estadual passaram 45 dias em greve, desde o dia 5 de outubro, mas no dia 18 de novembro o Tribunal de Justiça determinou a suspensão da greve e a volta imediata ao trabalho.
Comentários