CULTURA
Um show repleto de hits
De passagem por João Pessoa, cantor Washington Espínola lança álbum duplo em dois shows que acontecem nesta quarta-feira (8) e no sábado (11).
Publicado em 08/08/2012 às 6:00
Com aproximadamente 25 anos de carreira – mais da metade dela em palcos europeus – Washington Espínola revisita seus 13 álbuns em um Greatest Hits duplo, que acaba de sair do forno. O CD traz um belo retrato do guitarrista que saiu de uma elogiada produção instrumental para um pop-rock progressivo de canções que resvalam na sonoridade do Pink Floyd, Supertramp e, claro Beatles, grupo do qual Washington é devoto fervoroso.
Radicado há mais de 15 anos em Genebra, onde dá aulas na Escola Internacional de Música da Suiça, Espínola está de passagem por João Pessoa e aproveita as “férias” para reencontrar os amigos e lançar, oficialmente, a coletânea dupla.
Os shows estão marcados para esta quarta-feira, a partir das 20h, no Chopp Time (Bessa) e no próximo sábado, 21 horas, na sala Vladimir Carvalho, na Usina Cultural Energisa.
O repertório toma como base as 29 faixas do CD. O primeiro disco contempla a fase mais recente do músico, em que decidiu soltar a voz em diversos estilos, do blues ao rock, sem deixar de lado as baladas, como ‘Ice-cream-sun’, carro-chefe de seu último trabalho de inéditas.
Com músicas cantadas em português, francês e inglês, ele costura faixas dos seus quatro últimos discos: G.R.U.E. (2007), Feelin' Allright (2008), La Saleve (2009) e Ice-Cream-Sun (2011).
Dessa leva, destaque para ‘Procissão’ (cuja influência tropicalista é marcante), as radiofônicas ‘Sea of golden leaves’ e ‘Feeling allright’, e ‘Kalimera’, faixa de guitarras pesadas e dialeto incomum.
No segundo disco, sua fase mais antiga, contemplando álbuns produzidos na Paraíba, como Manaíra (1992) e Quintal da Infância (1994), que renderam faixas como 'Baião de 3', 'Blusão' e 'Sensatez', a homenagem do paraibano ao mestre Tom Jobim (1927-1994) e à sua célebre 'Insensatez'.
Ao contrário de seus discos anteriores, este Greatest Hits foi o primeiro trabalho em que Washington não esteve à frente. Coube à irmã do músico, Ana Lúcia, e a sobrinha, Ully, comandarem o projeto, que traz encarte caprichado, com as letras das músicas e até um texto do guitarrista enviado da Suíça – e todo em inglês!
“Eu tinha muita dificuldade para olhar para trás... gosto mesmo é de olhar pra frente”, justifica o músico. “Mas muita gente que me conhece hoje, nesta fase atual, desconhece os primeiros discos, que estão fora de catálogo. Este CD é uma forma de mostrar os trabalhos antigos, como Manaíra e Quintal da Infância, que são difíceis de encontrar”, completa. O resto, só indo aos shows para saber!
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