Paraibanos devem presidir CPIs com desconforto para governo

O deputado federal Efraim Filho (DEM) deve ser confirmado na próxima semana como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão. O acerto para isso ocorreu em reunião no início da semana e, caso seja confirmado, será o segundo paraibano no comando de investigações com potencial de gerar problemas para o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O outro é Hugo Motta (PMDB), presidente da CPI da Petrobras.

“Os Fundos de Pensão são uma caixa preta. Estão jogando com o futuro das pessoas. Aposentados, pensionistas e trabalhadores que contribuem para estes fundos estão desesperados e desamparados, reféns da conduta temerária e fraudulenta de alguns gestores deste fundo! Vamos buscar defender os aposentados, expor a verdade e fazer reparações”, disse Efraim, lembrando que sua escolha ainda depende de a indicação ser aprovada na próxima semana.

Ele foi indicado para presidir a CPI por meio de um acordo de líderes partidários, que destinou a presidência ao DEM. Efraim acredita que houve gestão fraudulenta e sem transparência no uso de bilhões de reais pertencentes aos fundos de pensão. “Irei me empenhar ao máximo na CPI para representar bem e honrar a confiança dos paraibanos”, garantiu.

A CPI dos Fundos de Pensão vai investigar irregularidades e prejuízos supostamente causados pela aplicação incorreta dos recursos e de manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e de servidores públicos ocorridas entre 2003 e 2015, como a Fundação dos Economiários Federais (Funcef); Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros); Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ); e Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).

No requerimento para instalação de CPI, os deputados da oposição justificaram que há indícios de ramificações do esquema do doleiro Alberto Yousseff.

SEM POUPAR NINGUÉM
À frente da CPI da Petrobras, Hugo Motta já garantiu que não vai poupar ninguém e que vai tentar recuperar os recursos desviados da Petrobras.