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COTIDIANO

Novos confrontos matam mais de 120 pessoas

Saldo de mortes é um dos maiores desde a determinação de cessar fogo pela Organização das Nações Unidas, em 12 de abril.

Publicado em 22/06/2012 às 6:00


Pelo menos 120 pessoas, em sua maioria civis, morreram ontem em confrontos entre opositores e tropas do regime do ditador Bashar Al Assad, informam grupos opositores. O saldo é um dos maiores desde a determinação do cessar fogo pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 12 de abril.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, o número de óbitos foi de 120, incluindo 66 civis, 43 soldados do regime, cinco combatentes rebeldes e cinco outras pessoas ainda não identificadas.

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) denunciaram a morte de cem pessoas, entre elas dez menores.

Os maiores registros foram em Homs, em que 19 morreram, e em Deraa, com 20. As duas cidades estão entre as que concentram maior número de mobilizações dos rebeldes. Ainda foram registrados óbitos em Duma, na região da capital Damasco, (17), Aleppo (três), Deir Ezzor (cinco), Hama (um) e Idlib (dois).

Mais cedo, o Observatório informou que mais de 15 mil pessoas morreram na Síria desde o início dos confrontos, há 15 meses. A estimativa é maior que a apresentada pela ONU em maio, de 10 mil pessoas.

As estatísticas não podem ser comprovadas oficialmente por não haver confirmação do governo e pela proibição da entrada da imprensa estrangeira em território sírio.

Deserções
As deserções vão aos poucos enfraquecendo o Exército sírio. Um piloto pousou na Jordânia nesta quinta e obteve asilo político, enquanto os ativistas divulgaram um vídeo no qual quatro altos comandantes, entre eles dois generais, anunciavam sua união ao Exército Livre Sírio.

Esta é a primeira deserção de um piloto de caça a bordo de seu avião desde o início da revolta contra o regime do ditador Bashar Al Assad, em março de 2011.

O Exército jordaniano anunciou que o avião, um MiG-21, aterrissou às 10h45, "sem problemas em uma base da Força Aérea da Jordânia". "Ele fez isso para evitar a detecção por radares", acrescentou. O piloto é de Deir Ezzor (leste) e sua família é conhecida por sua luta contra o regime.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, confirmou que se tratava de uma deserção.

A aeronave decolou em alta velocidade e a baixa altitude de um aeroporto militar localizado entre Deraa e Soueida, no sul do país", explicou George Sabra, porta-voz do CNS.

Desde o início do conflito, mais de 10 mil pessoas morreram, 230 mil se deslocaram internamente e 60 mil se refugiaram em países fronteiriços, como a Turquia e o Líbano, segundo dados da Organização das Nações Unidas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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