Briga judicial adia por tempo indeterminado a eleição da UFCG

Da Redação

A procuradoria federal da UFCG entrou, nesta segunda-feira (10), com um recurso contra a decisão do juiz da 6º Vara Federal de Campina Grande, Francisco Eduardo Guimarães Farias, que determinava a anulação da Comissão Especial Eleitoral responsável pelo processo de escolha de reitor e vice-reitor da instituição, e dos seus atos.

A anulação foi pedida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior da Universidade Federal de Campina Grande (Sintesuf) por alegar ser o único e legítimo sindicato dos técnico-administrativos da UFCG, argumento que convenceu o juiz da 5ª Vara da Justiça do Trabalho de Campina Grande e confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Esse impasse na justiça foi criado porque na comissão, que regula a eleição de reitor e vice-reitor da UFCG, há representantes dos dois sindicatos, o que foi contestado pelo Sintesuf. Até que se decida essa situação na justiça, a eleição está suspensa.

Entenda o caso
A eleição que aconteceria quarta-feira (5) foi suspensa porque o pleito ficou sem candidato a reitor. O atual reitor, Thompson Mariz, teve sua candidatura impugnada na manhã de terça-feira (3) por não ter título de Doutor, constar uma multa no âmbito do Tribunal de Contas da União e estar disputando um terceiro mandato.

A questão se agravou também com a renúncia da candidatura dos professores Amauri Fragoso e Antônio Berto, que alegavam não concordar com a quebra da paridade do peso do voto, onde cada categoria da comunidade acadêmica teria voto igual. Assim, a eleição não teria nenhum candidato inscrito.

Mas, no fim da tarde de quarta-feira (5) o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, suspendeu a ação que impugnava a candidatura do atual reitor. Sendo assim, enquanto não se resolve a briga dos sindicatos na justiça em relação à composição da comissão eleitoral, o único candidato a reitor é Thompson Mariz.