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VIDA URBANA

Defesa Civil intensifica ações em João Pessoa

Ações no bairro São José foram intensificadas pela Defesa Civil; casas foram demolidas para dar início ao projeto de reurbanização.

Publicado em 26/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 11:07

Em decorrência das chuvas registradas em João Pessoa nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal intensificou as ações contra os seus efeitos nas áreas de risco, como o bairro do São José e algumas comunidades, com a limpeza do rio Jaguaribe e retirada de entulho das antigas construções ribeirinhas, que foram demolidas. Os moradores reclamam do baixo valor recebido pela Prefeitura Municipal para o auxílio moradia (R$ 200,00).

Para agravar ainda mais a situação, a previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) é que hoje será de mais precipitações na capital, com nebulosidade variável, ocorrência de chuvas ocasionais e temperatura mínima de 22°C.

Na manhã de ontem, a Defesa Civil realizou algumas ações no bairro do São José, de onde já retirou mais de 65 famílias, que tiveram suas casas - às margens do rio Jaguaribe - demolidas.

Quem ainda está no local, mas tem a marcação do órgão estampada na frente da residência indicando que o imóvel deve ser desocupado para consequente demolição, teme incerteza de moradia, em virtude do baixo valor do auxílio moradia pago pela prefeitura.

O morador Clementino Bezerra, 54 anos, que chegou à comunidade aos 6 anos de idade, reconheceu que sair da rua Edmundo Filho, principal do bairro, será bom porque todos os anos, nos períodos chuvosos, sofria com a cheia do rio e tinha a casa inundada, mas reclama por ter que desembolsar a metade do valor de um aluguel. “Já perdi muitos móveis por causa da chuva, mas eu não queria sair daqui para ir morar de aluguel, pois vai ser uma despesa a mais para mim, de pelo menos R$ 200, para poder completar o pagamento do aluguel. O que a prefeitura paga é muito pouco. Deveríamos sair daqui direto para nossas casas”, declarou.

Já a comerciante Severina da Silva, 37 anos, que tem um mercadinho no mesmo endereço, às margens do rio, também terá seu estabelecimento demolido e já lamenta os prejuízos nas vendas. “Vou me mudar para o outro lado da rua, mas o pior é que já perdi a maioria dos meus clientes, que já tiveram a casa derrubada e saíram do local. Outro problema é que esses R$ 200 que a prefeitura paga não dá para nada, pois não se encontra imóveis para alugar nesse valor”, disse.

O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Francisco Noé Estrela, explicou que o valor é referente apenas a uma ajuda da prefeitura, enquanto as moradias para onde serão transferidos não são concluídas. “Quando eles desocupam as casas para serem demolidas, automaticamente são cadastrados na Sedes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) para receber as casas, que devem ficar prontas no máximo em um ano. O auxílio se trata de uma ajuda a curto prazo para evitar que essas pessoas permaneçam em locais insalubres e de risco”, observou.

Noé Estrela frisou que com a ação o rio Jaguaribe também será beneficiado, uma vez que o mesmo está sendo alargado. “As demolições são em pontos estratégicos que costumavam inundar e são onde estamos criando os janelões de alargamento. As demais casas da margem fazem parte do projeto de urbanização do bairro, que somente deixarão o local para passar direto para as residências do condomínio.

Lembrando que quem está no auxílio moradia, que estava em área de maior risco, terão prioridade no recebimento das novas casas”, destacou.

Segundo Noé, a Defesa Civil também vistoriou outras áreas, contidas nas 31 consideradas de risco, como Timbó, Tito Silva e Cuiá, entre outras para verificar o comportamento das mesmas diante das chuvas. “Está tudo dentro do esperado, sem nenhuma anormalidade. Nós atribuímos isso ao plano de ação preventiva”, pontuou.

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Jornal da Paraíba

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