VIDA URBANA
Aesa diz que Paraíba não deve ter seca extrema em 2015
Previsão para o Estado é de precipitações dentro da média ou ligeiramente abaixo neste ano.
Publicado em 27/03/2015 às 8:15 | Atualizado em 16/02/2024 às 11:09
A previsão climática para o ano de 2015 na Paraíba é otimista e trouxe esperança para agricultores e moradores de regiões que vêm sofrendo com a escassez de chuvas. Conforme a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), a perspectiva é de que as precipitações ocorram dentro da média nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral. Já nas regiões do Sertão, Alto Sertão e Cariri, as chuvas tendem a ficar de dentro da média ou ligeiramente abaixo. Todavia, em comparação aos três anos anteriores, de 2012 a 2014, que foram de falta de chuvas, a previsão é considerada animadora.
A meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, explica o fenômeno. De acordo com ela, os dois extremos climáticos, tanto de seca como excesso de chuvas, foram descartados já no início do ano. “As condições oceânicas e atmosféricas não mostram a tendência de extremos climáticos. Diante do quadro que se estabeleceu, a previsão foi de chuvas irregulares, porém dentro da normalidade”, justificou. Ainda segundo a meteorologista, outro fator que descarta a ocorrência de uma seca extrema é que o fenômeno El Niño, segundo a meteorologia mundial, não irá acontecer. Foi esse fenômeno que causou a seca de 1998, considerada a maior dos últimos 21 anos no Estado.
No entanto, o apanhado dos índices pluviométricos do início de 2015 até ontem mostram que a única região que registrou chuvas acima da média esperada foi o Litoral Sul paraibano. O período chuvoso do Litoral, assim como no Brejo e Agreste é de abril a julho. No Sertão e Alto Sertão, as chuvas ficaram dentro da média esperada e em algumas cidades pontuais, acima da média. O período chuvoso dessas regiões é de fevereiro a maio e os meses de março e abril são considerados os mais chuvosos. O Cariri, segundo a Aesa, é a região mais castigada pela falta de chuvas, e mesmo dentro do período chuvoso, que também é de fevereiro até maio, as precipitações têm ocorrido de forma irregular e abaixo da média.
“A região do Cariri ainda não registrou precipitações bem distribuídas, mas já está chovendo. E é assim que deve ser, porque o normal do Cariri é chuvas irregulares. Ainda é cedo para delimitar esse cenário, porque o período chuvoso dessa região não terminou, porém em relação aos anos de 2011 e 2012, que foram de extrema seca, está muito diferente. Já no Sertão e Alto Sertão, a realidade desse ano é ainda um pouco melhor”, destacou Marle.
Mesmo assim, as chuvas ocorridas e a previsão de dias melhores já animam os agricultores. “A gente tá feliz com essas chuvinhas que tão vindo. O tempo esfriou e a terra tá ficando molhada. Eu mesmo já estou plantando meus milhos, batatas. Deus sabe o que faz e vê que a gente precisa de água pra viver”, disse o agricultor Fernando Souza, que mora no Sítio Maracajá, na zona rural de Queimadas, no Agreste.
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