ECONOMIA
Programa 'Minha Casa, Minha Vida' vai beneficiar nova faixa de renda
Contrapartida dos governos estadual ou municipal ou da poupança será de 20% do valor do imóvel, na nova modalidade.
Publicado em 07/07/2015 às 7:10 | Atualizado em 07/02/2024 às 13:17
A terceira etapa do 'Minha Casa, Minha Vida', prevista para ser lançada no segundo semestre, deverá facilitar a vida de famílias com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil. A secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, afirmou que será criada a Faixa 1- FGTS, na qual a família interessada poderá comprometer até 27,5% de sua renda com o financiamento da casa própria. As informações foram repassadas pelo Portal Brasil.Gov.
Nesta nova modalidade, a contrapartida dos governos estadual ou municipal ou da poupança será de 20% do valor do imóvel. “Se uma família com renda mensal de R$ 1,6 mil comprar um imóvel de R$ 135 mil, por exemplo, necessitará de um subsídio de R$ 45 mil”, disse.
Atualmente, o Minha Casa, Minha Vida tem três faixas de renda. Na primeira, para famílias que recebem até R$ 1,6 mil, o subsídio pode chegar a R$ 95% do valor do imóvel. Na segunda (até R$ 3.275 mensais), esse subsídio tem um teto de R$ 25 mil.
O ajuste se explica pela forte demanda na faixa 1, que acaba concentrando as contratações em famílias que recebem entre R$ 800 e R$ 900. Na prática, a nova faixa intermediária reduzirá as prestações destas famílias.
O governo também estuda adotar uma agenda sustentável para o programa. Algumas das medidas são ampliar a eficiência energética, reduzir o consumo de água e criar um sistema integrado de cadastramento de beneficiários.
“Esse sistema traria transparência para os municípios”, observou Inês Magalhães.
O vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotônio Rezende, disse que, apesar da atual conjuntura econômica, as famílias brasileiras continuam procurando casas para comprar. Prova disso é que seis milhões de pessoas fizeram simulação de financiamentos imobiliários no site da Caixa apenas no mês de maio, sendo 40% para imóveis do Minha Casa, Minha Vida.
“Notamos que as simulações de financiamento foram feitas para unidades de até R$ 150 mil e por famílias com idade entre 25 e 35 anos”, disse Rezende, lembrando que o banco responde por 68% do crédito imobiliário do país. “A Caixa não trabalha com redução de investimento em habitação de interesse social”, acrescentou. A meta da terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida é construir mais de 3 milhões de unidades até 2018.
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