VIDA URBANA
Municípios do interior têm nível extremo de radiação ultravioleta
Campina Grande, Guarabira, Monteiro e Patos alcançam o índice UV de intensidade 13, segundo o Inpe. Radiação forte é risco para queimaduras e câncer de pele.
Publicado em 27/02/2016 às 9:00
A exemplo de Campina Grande, cidades como Guarabira, Monteiro e Patos também alcançam o índice 13.
Protetor solar, óculos escuros e chapéu são alguns dos itens imprescindíveis para quem vai à praia. Mas se engana quem pensa que esse cuidado só é necessário no Litoral. Em Campina Grande, por exemplo, a vendedora Suênia Costa também usa um verdadeiro aparato de proteção para ir buscar o filho na escola, ao meio-dia. E com razão, afinal, apesar da nebulosidade ser algo comum na Rainha da Borborema, ainda há um perigo constante por trás das nuvens que muita gente despreza: a radiação emitida pelo sol, que na cidade, é extrema.
“Tenho cuidado porque minha pele já tem tendência a aparecer manchas, aí quando pego um pouco de sol, já fica mais escura. Meu filho também é muito branquinho, e fica vermelho em pouco tempo, então venho buscar ele de sombrinha e também uso protetor solar, porque como esse é o horário que ele sai da escola, não tem como evitar o sol”, afirma a vendedora.
Assim como Campina Grande, que está situada no Agreste, outras cidades do interior, como Guarabira, no Brejo; Monteiro, no Cariri; e Patos, no Sertão, também alcançam o índice de radiação ultravioleta (UV) de intensidade 13, o que se configura como nível extremo em uma escala variável de 1 a +14, sendo os valores menores indicativos de baixa intensidade e os valores maiores de altas intensidades. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O índice ultravioleta (IUV) mede o nível de radiação solar na superfície da Terra. A radiação é considerada essencial para a preservação do calor e a existência da vida, porém, por conta dos buracos na camada de ozônio, tornou-se mais intensa nas últimas décadas. E quanto maior for o índice IUV, maior o risco de danos à pele, como queimaduras, fotoalergias, envelhecimento cutâneo e até câncer de pele.
Estiagem, pouca cobertura de nuvens e a posição latitudinal do Estado – próximo à linha do equador – são os fatores que contribuem para a alta incidência dos raios ultravioleta (IUV) no nosso Estado, informou a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Carmem Becker. “O grande influenciador é a própria posição geográfica, que faz com que os raios incidam de uma forma mais direta na superfície. Os horários que antecedem e sucedem o meio-dia são os de máxima intensidade de radiação solar”, disse.
A meteorologista esclareceu ainda que os raios ultrapassam a camada de nuvens, independente da presença de nebulosidade. “A não ser na época de chuvas, quando a camada de nuvens é densa e dificulta que essa radiação ultrapasse.”
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