VIDA URBANA
Especialistas dizem que é preciso mudar a forma de avaliar os alunos
Assunto foi discutido em uma mesa redonda na rádio CBN, na manhã desta terça-feira (6), dentro da série 'Desafios do Novo Governo' da Rede Paraíba de Comunicação.
Publicado em 06/01/2015 às 16:21
Especialistas em Educação apontaram o enfrentamento do analfabetismo funcional como um desafio e indicaram mudanças no processo de avaliação escolar como uma solução para melhorar a situação da educação na Paraíba. O assunto trazido hoje no JORNAL DA PARAÍBA foi discutido em uma mesa redonda na rádio CBN, na manhã desta terça-feira (6), dentro da série 'Desafios do Novo Governo', produzida pelos veículos da Rede Paraíba de Comunicação.
Participaram da discussão o psicólogo, doutor em Educação e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Dimas Lucena; a promotora Ana Carolina Coutinho, coordenadora do Centro de Apoio Operacional (Caop) do Ministério Público da Paraíba; e o doutor em Artes Visuais e Educação Carlos José Cartaxo.(clique aqui e ouça na íntegra).
O professor Dimas Lucena tratou como uma “fratura na sociedade” o fato de em pleno século XXI mais de 650 mil paraibanos não saberem ler, nem escrever. “O analfabetismo funcional expõe uma fratura exposta na fragilidade desse processo educacional. A concepção pedagógica de leitura trabalhada no sistema educacional brasileiro é completamente equivocada”, afirmou.
“Precisamos refletir toda a estrutura, desde a formação de professores, ao que está nas escolas, aos eixos da educação. Precisamos de uma política de valorização permanente dos professores”, pontuou Dimas.
Para Carlos José Cartaxo, os avanços na Educação dependem também de mudanças no processo avaliativo dos alunos. “Avaliar à moda antiga, como eu fui avaliado, significa pensar com o processo do passado, quando a história é outra. Não faz mais sentido algum o aluno está fazendo cálculo básico elementar, quando a calculadora, o celular, calcula tudo ali. O analfabetismo funcional assim como a avaliação é uma questão política, não pedagógica”, ressaltou.
A promotora Ana Carolina Coutinho ressaltou um outro problema na Educação do Estado: a existência de salas multiseriadas, que reúnem crianças e adolescentes de idades diversas em um único local e com um só professor.
“A gente tem que pensar na qualidade da educação, a gente coloca a criança na escola, mas esse local não está atrativo, não tem qualidade, os professores não tem a formação adequada. Temos que repensar nossa Educação. A qualidade está muito aquém do desejável”, afirmou.
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