COTIDIANO
Psicólogo acusado de pedofilia é preso em operação na Capital
Operação que resultou em prisão de naturista do Litoral Sul teve continuidade nesta terça-feira (21). PRF, Polícia Civil e Ministério Público detiveram psicólogo na Capital.
Publicado em 21/12/2010 às 7:34
Karoline Zilah
A operação Predador, que teve como resultado a prisão de um naturista acusado de praticar pedofilia no Litoral Sul, teve continuidade nesta terça-feira (21) na Paraíba. Desta vez, está detido um psicólogo identificado como Marcos Rogério de Sousa Costa, de 54 anos, que mora e trabalha em João Pessoa. A operação tem como finalidade reprimir crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
De acordo com informações do Ministério Público, as duas primeiras denúncias seriam de dois adolescentes em Mamanguape e outras cinco estão sendo investigadas, três em João Pessoa e outras duas em outros estados.
Na operação foram encontrados lubrificantes, camisinhas e um livro Kama Sutra no consultório do psicólogo. A prisão do acusado está decretada porque já há indícios fortes do crime. Marcos Costa foi preso foi volta das 5h. Contra ele, pesam filmagens que comprovariam os crimes contra crianças e adolescentes, além de depoimentos de vítimas.
Participam da operação Predrador II representantes da Polícia Civil, por meio do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público Estadual, através da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Poder Judiciário.
De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, o psicólogo foi preso em casa no bairro dos Bancários. A operação seguiu depois para um consultório na avenida Flávio Ribeiro Coutinho, o Retão de Manaíra, onde o acusado atende pacientes. No local, foi apreendido material de informática que será submetido a perícias no Instituto de Polícia Científica (IPC).
O Ministério Público divulgou uma nota à imprensa explicando que o investigado se aproveitava de sua condição como terapeuta em uma Organização Não Governamental em Mamanguape e das facilidades da profissão para se aproximar e cooptar adolescentes, com a finalidade de abusá-los. Ainda de acordo com o MPPB, ele se apresentava como voluntário de várias instituições públicas e privadas com o objetivo de ter acesso aos adolescentes.
O delegado do GOE, Wallber Virgolino, disse que novas prisões relacionadas a esse tipo de crime poderão ocorrer a qualquer momento. “Estamos atentos, investigando e prontos para prender outros envolvidos”, frisou a autoridade policial.
“Tudo começou com denúncias que chegaram à Promotoria de Mamanguape em que os denunciantes diziam que dois adolescentes estariam sendo vítimas de aliciamento por parte do Marcos Rogério que os estava atendendo na condição de terapeuta. Iniciadas as investigações, pudemos constatar a veracidade dos dois casos”, relatou a promotora de Justiça Ana Maria de França Coutinho.
Atualizada às 14h50
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