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'Nome sujo' impede candidato de fazer concurso público? Tire dúvidas

Colunista do G1 orienta internautas. Ela responde ainda se vale a pena "chutar" ou deixar questão em branco.

Publicado em 10/11/2010 às 15:00

Lia Salgado
Do G1

Nome no SPC ou Serasa não é impedimento para o candidato prestar um concurso público. Essa é a resposta de Lia Salgado, colunista do G1, ao internauta Marcelo, que perguntou se restrição financeira poderia barrar alguém nesse tipo de seleção. Nesta coluna em vídeo, Lia explica que a inclusão do nome da pessoa nesses cadastros não atende a um princípio da Constituição que garante a ampla defesa de todos os cidadãos diante de uma acusação, por isso não se pode impedir quem tem "nome sujo" de concorrer.

Mas a inadimplência, no entanto, é problema quando se trata de concorrer a uma vaga em um banco. Até para quem já é contratado isso pode ser motivo de demissão por justa causa, afirma Lia. "É comum um concurso para banco prever expressamente que o candidato não pode ter nome do SPC, Serasa ou no CCF, que é o Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos", explica. É dado um prazo para a pessoa regularizar sua situação e "limpar" o nome.

Dúvida na hora da prova

Outra internauta, Magaly, questiona se, na dúvida durante uma prova, o melhor é chutar ou deixar a resposta em branco. Ela perguntou especificamente sobre exames elaborados pelo Cespe/UnB, organizador de grandes concursos públicos. "O Cespe costuma fazer provas com itens em que se deve marcar 'certo' ou 'errado'. O problema é que, a cada marcação incorreta, é descontado 1 ponto ou meio ponto, de acordo com o estabelecido no edital", comenta Lia. "Não tem uma receita de bolo. Mas é preciso ficar atento ao fato de que todo edital exige um mínimo de pontos por disciplina ou grupo de disciplinas ou por prova. Se deixar em branco, corre o risco de não atingir esse mínimo. Por isso às vezes vale arriscar."

Escolha da área

Helder Elias escreveu para Lia Salgado contando que está escolhendo a área para a qual prestará concursos. "Penso na jurídica, mas preciso saber que matérias caem", comentou. "As matérias mais tradicionais nessa área são português, direito constitucional, direito administrativo e informática", respondeu a colunista. O internauta disse que descarta disputar vagas nas áreas fiscal e bancária. "Exatas não são meu forte", escreveu. "Isso é um registro que temos de quando a gente era criança e ia para a escola sem motivação", destacou Lia. "Mas você hoje quer conquistar uma vida nova, passar num concurso, ter um bom salário... Se para isso for preciso aprender matemática, vá em frente, você será capaz. Inclusive porque a maioria dos concursos cobra pelo menos raciocínio lógico, que abrange matemática."

* Lia Salgado, colunista do G1, é fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

Imagem

Jornal da Paraíba

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